O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, negou nesta terça-feira, 7, que tenha relativizado a importância do isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus ao definir critérios para que estados e municípios relaxem regras de distanciamento.
Mandetta explicou que as orientações foram formalizadas a pedido de gestores locais. Segundo ele, a ideia foi definir parâmetros, uma vez que as cidades não são afetadas da mesma maneira.
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"A última quarentena foi em 1917. Não existia uma porção de coisas que existem hoje. Então, são dadas algumas coordenadas. Temos cidades com nenhum caso e que fez uma paralisação total de suas atividades", disse, na entrevista diária.
As instruções são para que as regiões troquem o isolamento amplo pelo isolamento seletivo (restrito a pessoas dos grupos de risco) se menos da metade da capacidade de atendimento tiver sido comprometida.
A avaliação e a transição ficarão a critério dos prefeitos e dos governadores. O secretário de vigilância do ministério, Wanderson de Oliveira, disse que mesmo cidades sem pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão adotando medidas restritivas.
Para abrir mão delas, porém, os gestores precisam estar seguros de que as redes de saúde à disposição estão providas de leitos, equipamentos e profissionais para atender a demanda de infectados em momento crítico da epidemia.
"Estados e municípios têm toda a capacidade de avaliar seu contexto e iniciar gradualmente, com segurança, desde que tenham cumprido o critério que é: que condicionantes necessárias para responder ao período mais crítico da epidemia estejam presentes. Isso vale para o Brasil inteiro e a gente vem falando constantemente", disse o secretário.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.