Em entrevista concedida nesta segunda-feira (25) ao programa Timelime, da Rádio Gaucha, do Rio Grande do Sul, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro tinha "predileção" por investigar o PT e protegia judicialmente o PSDB. Moro foi padrinho de casamento da deputada, mas a relação foi quebrada após ele divulgar mensagens que trocou com ela ao Jornal Nacional.
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"No período em que o Sergio Moro foi juiz, a única pessoa que ele prendeu fora do PT e que era de grande escala foi o Eduardo Cunha. A gente não teve prisões do Mensalão tucano, e nem de vários mensaleiros tucanos que já estavam sem foro privilegiado", afirmou.
Perguntada se estava dizendo que Moro protegia o PSDB, a deputada confirmou que Moro "tinha predileção em investigar e condenar o PT". "Era uma percepção interna (entre os delegados da PF) de que não se falava no PSDB (dentro da Lava Jato)", finalizou.
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Moro chegou a apresentar as mensagens trocadas com o presidente da República e com a deputada ao Jornal Nacional, no dia 24 de abril, quando pediu demissão do Ministério alegando a intenção da possível interferência de Bolsonaro na PF.
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Na conversa com Zambelli, ela afirmou que iria fazer o presidente "o JB (Jair Bolsonaro) prometer" indicá-lo ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no segundo semestre de 2020, caso ele permanecesse no governo. Na ocasião, o ex-ministro respondeu que não estava "à venda".
No início da tarde desta segunda, a deputada republicou no seu Twitter uma postagem que falava sobre a exposição feita por ela. "Moro bateu cachorro morto (PT) achando que ajudaria o PSDB". A publicação também afirma que o PT e PSDB pertencem à esquerda.