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Paulo Marinho chega à Polícia Federal para prestar depoimento em caso que envolve Jair Bolsonaro

Empresário diz que senador, filho de Jair Bolsonaro, soube de operação com antecedência
Gabriela Carvalho
Publicado em 26/05/2020 às 9:09
Paulo Marinho já prestou outros dois depoimentos sobre o caso Foto: SAULO ANGELO/AM PRESS & IMAGES/ESTADÃO CONTEÚDO


O empresário e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Paulo Marinho, chegou na manhã desta terça-feira (26) à Polícia Federal (PF) para prestar depoimento após relatar à colunista que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) teria sido avisado pela Polícia Federal de que o assessor Fabrício Queiroz seria alvo de investigação na Operação Furna da Onça. Marinho é suplente do senador.

O novo depoimento será no âmbito das apurações sobre tentativa de interferência política na PF, por Jair Bolsonaro, iniciadas com base em acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

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Marinho já prestou depoimento que durou cinco horas no último dia 20 na Polícia Federal e outro, no dia 21, na sede do Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, no inquérito sobre vazamento de informações sigilosas da PF ao senador Flávio Bolsonaro.

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Flávio Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar o depoimento do empresário Paulo Marinho no inquérito, mas o ministro Celso de Mello decidiu, nesta segunda-feira (25), impor sigilo no depoimento que será prestado pelo empresário.

Entenda acusação

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, Paulo contou que ainda em dezembro daquele ano (2018), Flávio teria o procurado. Estava “absolutamente transtornado”, segundo o empresário. Buscava a indicação de um advogado criminal. De acordo com Paulo, Flávio disse que soube com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada.

>> Polícia Federal antecipou a Flávio Bolsonaro que Queiroz seria alvo de operação, diz suplente do senador

Além disso, Marinho relatou que os policiais teriam segurado a operação, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidatura de Jair Bolsonaro, atual presidente.

Após relato, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu no domingo (17), que a Polícia Federal colhesse depoimento de Marinho sobre a denúncia feita.

 

 

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