'Rachadinha'

Justiça vai votar pedido de Flávio que pode anular todas as decisões do Caso Queiroz

Caso seja aprovado, todas as medidas cautelares adotadas no caso da "rachadinha", incluindo as quebras de sigilo e a prisão de Fabrício Queiroz, podem ser anuladas

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 22/06/2020 às 20:08 | Atualizado em 22/06/2020 às 21:13
Foto: Reprodução
O veículo de imprensa afirmou que recebeu vários áudios de WhatsApp atribuídos ao policial militar aposentado - FOTO: Foto: Reprodução

Um habeas corpus apresentado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está pautado para esta quinta-feira, 25, na Justiça do Rio. Caso a maioria dos cinco desembargadores da 3ª Câmara Criminal concorde com os argumentos dos advogados, todas as medidas cautelares adotadas no caso da "rachadinha", incluindo as quebras de sigilo e a prisão de Fabrício Queiroz, podem ser anuladas.

O texto questiona a competência da primeira instância da Justiça para julgar o senador, que era deputado estadual na época dos crimes supostamente praticados. Pedem que o caso seja analisado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, onde os parlamentares fluminenses têm foro.

A discussão gira em torno da permanência ou não desse direito quando o político já deixou o cargo - do lado dos investigadores, entende-se que há jurisprudência para a extinção do foro. A concessão do habeas corpus prejudicaria as decisões do juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Federal Criminal do Rio, que cuida do caso desde o início.

Além da prisão preventiva de Queiroz, na semana passada, o magistrado considerado linha-dura já autorizou quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico, além de mandados de busca e apreensão.

Na esteira do pedido feito à Justiça, a defesa conseguiu o parecer favorável de uma procuradora do MP do Rio - que é da segunda instância e, portanto, não está ligada à investigação - para sustentar seus argumentos.

Relatora do habeas corpus no colegiado, a desembargadora Suimei Cavalieri chegou a suspender as investigações, por meio de liminar, após o parecer da procuradora Soraya Gaya - e até o plenário da 3ª Câmara analisar o pedido. Dias depois, porém, ela voltou atrás e afirmou que não há lei que verse sobre a possibilidade de conceder foro especial em um caso como o de Flávio.

Os advogados Rodrigo Roca e Luciana Pires passam a representar Flávio nesse julgamento. No fim de semana, após a prisão de Queiroz em sua casa em Atibaia, Frederick Wassef deixou a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro.

Comentários

Últimas notícias