O Partido dos Trabalhadores (PT) vai apoiar a pré-candidatura do deputado estadual João Paulo (PCdoB) a prefeito de Olinda. Ex-prefeito do Recife, o deputado deixou o partido em abril de 2018.
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A decisão foi tomada durante reunião por videoconferência na manhã deste sábado (4), com a participação de nomes como o senador Humberto Costa, a vice-presidente do Fundação Perseu Abramo, Vivian Farias, e o presidente do diretório municipal do PT em Olinda, Lulinha. O grupo da deputada estadual Teresa Leitão, que saiu candidata à prefeitura da cidade na última eleição, não participou.
Lulinha explicou que o apoio foi motivado pela busca por uma aliança política antibolsonarista na cidade. “A gente tinha duas candidaturas possíveis, do PSB e do PCdoB. Fomos negociando com os partidos de esquerda da cidade e afunilando até chegar o momento em que decidimos que nosso candidato seria João Paulo”, disse.
“Além de ser um companheiro, ele representa a esquerda não só em Olinda mas no Estado inteiro. Ele fez uma revolução durante sua gestão no Recife, sendo responsável pelo carnaval multicultural da cidade e ações nos morros. Com muito agrado, deliberamos essa decisão importante para Olinda em uma candidatura unificada como projeto político”, acrescentou o dirigente.
Segundo a deputada Teresa Leitão, havia outras duas posições em debate. “A tese da candidatura própria, que se fosse votada teria 17 votos e a tese da aliança, que se fosse votada teria 20 votos. Para aliança os partidos mais fortes eram o PCdoB com João Paulo e o PSB com Pedro Mendes. Diante desta divisão tão apertada, foi aberto o processo de diálogo, que infelizmente não prosperou, ou melhor dizendo, não ocorreu”, afirmou.
Na avaliação dela, faltou diálogo no processo que levou à aliança. “Na véspera do encontro, representantes da tese da candidatura própria receberam um telefonema do presidente municipal do PT, no final da tarde, informando que o encontro estava mantido e que eles iriam defender a aliança com o PCdoB. Diante do desrespeito político e do regulamento interno do PT, o grupo optou por não legitimar o encontro. Na minha avaliação, João Paulo começa menor politicamente do que poderia ser”, disse.
A reunião aconteceu um dia antes da última data decidida para encontros municipais pela direção do partido.
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