A pequisa lançada pelo Datafolha e divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo", na noite dessa quinta-feira (13), apontou uma queda da rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Nordeste. A região ainda é a com mais avaliações negativas contra o presidente.
Segundo a pesquisa, a queda da rejeição se dá, ainda que indiretamente, por conta do auxílio emergencial. Com o programa de auxílio emergencial à população mais carente, o governo amplificou a visibilidade de ações no reduto oposicionista do Nordeste.
Segundo o Datafolha, a rejeição a Bolsonaro caiu de 52% para 35% na região, na qual mantém a pior aprovação: 33% de ótimo e bom, subida de seis pontos em relação a junho.
A correlação com a distribuição do auxílio de R$ 600 é sugerida, ainda que não direta. Entre quem fez o pedido e o recebeu, 42% acham Bolsonaro ótimo e bom, ligeiramente acima da média geral. Só que 36% dos que não fizeram também acham isso. No Nordeste, onde vive 27% da população, 45% dos moradores recorreram ao instrumento, ante 40% no país todo.
A pesquisa foi realizada nos dias 11 e 12 de agosto, com 2.065 brasileiros por meio de telefone celular de todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Bolsonaro também melhorou seu desempenho no Sudeste, região mais populosa do país. Ali, sua aprovação subiu de 29% para 36%, enquanto a rejeição caiu de 47% para 39%.
Continua sendo mais bem avaliado nos redutos do Sul e Norte/Centro-Oeste, onde amealha 42% de ótimo e bom. Uma das quedas mais significativas na rejeição ao presidente ocorreu entre os mais jovens (16 a 24 anos). Nesse grupo, o ruim e péssimo foi de 54% para 41%.