Eleições 2020

Sem acordo sobre candidatura no Recife, PDT adia convenção partidária pela segunda vez

Partido remarcou convenção para o último dia do prazo das convenções partidárias

Gabriela Carvalho
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Gabriela Carvalho
Publicado em 04/09/2020 às 11:56
Leo Motta/JC Imagem
O deputado e presidente municipal do PDT, Túlio Gadelha é um dos pré-candidatos pelo partido - FOTO: Leo Motta/JC Imagem
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O PDT adiou, pela segunda vez, a convenção partidária que anunciaria o nome escolhido para concorrer à Prefeitura do Recife pela legenda. O evento, que anteriormente estava marcado para o dia 1º de setembro, foi adiado pela primeira vez para o dia 8 (terça-feira) e, agora, remarcado para 16 de setembro, data limite do prazo das convenções. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (3) em uma reunião da executiva municipal do partido que tentava selar o caminho da legenda nessas eleições.

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Os adiamentos se dão devido ao impasse entre seguir com uma candidatura própria ou formar uma aliança com o PSB. A sigla tem dois pré-candidatos à Prefeitura: o deputado federal Túlio Gadêlha e a ex-secretária de Habitação do Recife, Isabella de Roldão.

“Adiei a convenção para que pudéssemos fazer três reuniões. Tivemos uma ontem e faremos mais duas para alinhar essa situação. Restam três alternativas ao nosso grupo: uma é o que o presidente Lupi nos trouxe, fazer campanha no palanque do PSB e indicar uma composição; a outra é que esse grupo se declare neutro e a direção nacional indique a composição; e o terceiro cenário é levar a convenção (no dia 16) e defender a majoritária, uma vez que temos 10 dos 11 integrantes da executiva municipal que defendem esse projeto”, afirmou Túlio Gadêlha ao Blog de Jamildo.

Túlio disse ainda que compreenderia uma eventual aliança com o PSB diante da conjuntura partidária. “Tenho essa compreensão de que existem sacrifícios para serem feitos, sou um cara de grupo”. Ao contrário de Isabella, o deputado federal descartou a possibilidade de fazer parte de uma composição com o PSB. “Essa possibilidade está descartada”, resumiu.

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No Recife, o PDT está dividido em dois grandes grupos, cada um apoiando um pré-candidato diferente. Túlio Gadêlha é bem quisto pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, e tem o apoio de novos pré-candidatos a vereador que ingressaram na legenda.

Já Isabella de Roldão tem o apoio de uma ala tradicional do PDT que inclui o ex-prefeito de Caruaru Zé Queiroz e o deputado federal Wolney Queiroz, aliado de primeira hora do PSB. Nos últimos meses, comentava-se nos bastidores que a ex-vereadora estava sendo sondada pelo PSB para ocupar a vice na chapa do deputado federal João Campos.

>> Isabella de Roldão diz estar aberta para vaga de vice na chapa de João Campos

Apoio ao PSB

Na última segunda-feira (31), o presidente Carlos Lupi esteve no Recife. Em reunião interna com Túlio Gadêlha e aliados, Lupi alertou da possibilidade do PSB retirar apoios ao PDT em outras capitais caso haja lançamento de candidatura própria pedetista no Recife. Com isso, o PDT poderá perder o apoio dos socialistas em 25 cidades, com mais de 200 mil eleitores.

Caso, ao final do impasse, o PDT decida ir para o palanque do PSB, os pedetistas podem ficar com a vice-candidatura na chapa de João Campos. O nome mais cotado para a vaga é o de Isabella, que já sinalizou que aceitaria a aliança com o PSB.

 

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