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Túlio Gadêlha anuncia posicionamento definitivo do PDT no Recife nesta sexta-feira (11)

A desistência do pré-candidato a prefeito pelo PDT tem sido dada como certa, para que o partido permaneça na Frente Popular do Recife e possa indicar o nome da ex-secretária de Habitação Isabella de Roldão para compor a vice na chapa de João Campos

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 10/09/2020 às 21:05
Diego Medeiros
o presidente da comissão provisória do PDT Recife e deputado federal, Túlio Gadêlha, falará sobre decisão para o pleito majoritário 2020, em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (11) - FOTO: Diego Medeiros
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A Executiva Municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Recife, presidido pelo deputado federal Túlio Gadêlha, deve anunciar nesta sexta-feira (11, um posicionamento definitivo sobre o futuro do partido no pleito majoritário 2020. A coletiva de imprensa, marcada para as 13h, acontece após uma série de três reuniões que foram realizadas entre os pré-candidatos a Câmara Municipal do Recife e a direção do partido na cidade. No PDT, existem três cenários distintos, as postulações de Túlio Gadêlha, da ex-secretária de Habitação do Recife, Isabella de Roldão, e a defesa pela permanência na Frente Popular do Recife em apoio à pré-candidatura de João Campos (PSB). 

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Este último cenário já é dado como certo, nos bastidores e a ex-secretária da gestão do prefeito Geraldo Julio, será a indicação do partido para compor a vaga de vice na chapa encabeçada pelos socialistas. "Essa questão (do apoio) já está definida faz um tempo", cravou um pedetista, em reserva, afirmando em seguida que Gadêlha não teria admitido antes para manter a atenção em torno do seu nome. "O entendimento que existe entre o PSB e PDT, foi feito através de uma construção em conjunto que não é de hoje e que já poderia ter sido oficializada há mais tempo", afirmou o pedetista. 

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O martelo sobre essa aliança foi batido durante a passagem do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, pelo Recife no dia 31 de agosto. O próprio Lupi, externou durante reunião da comissão provisória presidida por Túlio Gadêlha, que existia uma pressão da Executiva Nacional do PSB em retirar os apoios firmados com os pedetistas , em pelo menos, 25 cidades com mais de 200 mil eleitores, caso não houvesse um gesto de reciprocidade no Recife. 

“Particularmente estou decepcionado. Ajudei a consolidar o bloco progressista de alianças com o PDT, PSB, PV , Rede. E ali não se construiu uma relação de ameaça, mas de confiança.”, criticou o pré-candidato Tulio Gadêlha, na ocasião. 

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O PDT e o PSB possuem alianças firmadas em redutos históricos e estratégicos para as duas siglas. No Rio Grande do Sul, o diretório municipal do PSB, declarou apoio a pré-candidata a prefeita de Porto Alegre, a deputada estadual Juliana Brizola. Já no Rio de Janeiro, capital importante para o PDT, do ponto de vista da corrida majoritária,  os socialistas devem subir no palanque da deputada estadual, Delegada Martha Rocha.

Em contrapartida, na cidade de São Paulo, são os pedetistas que reforçam o palanque do PSB. O ex-governador e pré-candidato a prefeito da capital, Márcio França, tem como pré-candidato a vice, Antônio Neto, que é indicação do PDT. A homologação da chapa, ocorre nesta sexta-feira (11). E é justamente visando um cenário semelhante ao que ocorreu em São Paulo, para que os dois lados possam sair fortalecidos, que existe não apenas uma defesa de manutenção da Frente Popular do Recife, mas que parta do PDT a indicação da vaga de vice. "Foi com base nesse esforço e entendimento de que o Recife é prioritário, que em um certo momento, acabou ficando evidente que essa indicação partiria do PDT", afirmou uma fonte, também em reserva. 

Inclusive, foram estas negociações sobre desistência das pré-candidaturas apresentadas até o momento, e os possíveis espaços a serem ocupados pelo PDT, que resultaram no adiamento da convenção partidária do -partido. Inicialmente, a reunião havia sido marcada para o dia 1º de setembro, mas na falta de um entendimento, foi remarcada para o  dia 8 de setembro. Ainda sem consenso dentro do partido, uma nova data foi estipulada: o dia 16 de setembro -  prazo limite para a realização da homologação de candidaturas. Vale lembrar que um dia antes, na terça-feira (15), quem realizará a convenção é o pré-candidato a prefeito pelo PSB, o deputado federal João Campos. 

RESENHA POLÍTICA

Ao participar do programa Resenha Política, que realizou uma série de lives pela TV JC com os pré-candidatos a prefeito do Recife, o deputado federal Túlio Gadêlha deixou claro que seu projeto majoritário tinha o apoio do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do ex-governador do Ceará e presidenciável, Ciro Gomes

“Nós conversamos e o presidente Carlos Lupi e o futuro presidente do Brasil Ciro Gomes nos trouxeram algumas reflexões sobre nossa candidatura. O Ciro vem me aconselhando também em termos de posicionamento. Ele tem uma baita história, foi prefeito, governador, ministro, candidato a presidente da República em várias ocasiões. Enfim, eu tenho dentro da política essas figuras que me inspiram e não consigo pensar em discutir, trabalhar em cima de um projeto sem antes conversar com eles”, declarou Gadêlha.

Durante a entrevista, o parlamentar também ressaltou que não fazia parte da conduta dos dirigentes partidários, intervir de maneira "truculenta" nos projetos que estavam postos. Ele teceu criticas ao PSB e ao PT relembrando a corrida eleitoral de 2018, em que os socialistas rifaram a candidatura de Márcio Lacerda, em Minas Gerais, e os petistas fizeram o mesmo com a deputada federal Marília Arraes, em Pernambuco.

Túlio também foi questionado se apoiaria João Campos, caso no segundo turno, estivessem na disputa o candidato do PSB e um candidato pró-bolsonaro. Em sua resposta, Gadêlha disse que se manteria no campo progressista que sempre defendeu, mas que não estava trabalhando com a hipótese de não estar dentro do segundo turno. Caso a sua desistência seja confirmada, resta sabe se ele irá manter um posicionamento neutro, diante da permanência do partido na Frente Popular ou se escolherá apoiar, de forma isolada, alguma outra candidatura da esquerda, como a da deputada Marília Arraes. 

 

 

 


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