Assim como ocorreu na segunda (2), nesta terça-feira (3) a candidata a prefeita do Recife Marília Arraes (PT) teve apenas agendas internas com a sua equipe de campanha, um reflexo da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) de proibir agendas de rua em todo o estado. A candidata segue com a campanha através das redes sociais e da propaganda eleitoral. No guia de Marília desta terça (3), ela voltou a falar sobre o Programa Revitalizar, com a proposta de erradicar um terço dos pontos de risco dos morros da capital pernambucana nos dois primeiros anos gestão, caso seja eleita.
>> Marília Arraes diz que vai erradicar um terço dos pontos de riscos nos morros do Recife
Na gravação do guia, ela está em um morro não identificado na Zona Norte do Recife. "Eu estou aqui na Zona Norte e não é uma realidade muito diferente de outros lugares da cidade que têm morro. E olha como está a situação. A gente está aqui com um monte de obras de barreiras que não foram feitas", diz Marília, que aponta o Programa Revitalizar como uma solução para a problemática.
De acordo com a Defesa Civil de Pernambuco, são 9 mil pontos de risco nos morros do Recife, onde vivem cerca de 200 mil pessoas. Isso significa que ela faria a erradicação de 3 mil pontos em dois anos, de acordo com a proposta. Marília propõe também o monitoramento dos pontos que permaneceram, o que possibilitaria a evacuação no caso de algum deslizamento de barreira.
A candidata diz que o PT já mostrou que é possível erradicar pontos de risco nos morros, ao citar o trabalho feito pelas gestões petistas anteriores. Ela, porém, não cita os nomes dos ex-prefeitos João Paulo, atualmente deputado estadual pelo PCdoB e candidato à Prefeitura de Olinda, que governou por dois mandatos, entre 2001 e 2008, e João da Costa (PT), atualmente vereador do Recife e candidato à reeleição, prefeito de 2009 a 2012. Quando disputava um segundo mandato de prefeito, nas eleições de 2012, João da Costa perdeu para o atual prefeito Geraldo Julio (PSB).
"Quando o PT foi gestão aqui no Recife, nós conseguimos erradicar boa parte dos pontos de risco, mantivemos monitorados todos os outros pontos e acabou com essa história de morrer gente quando chovia e caia barreira aqui na cidade", disse a candidata no guia. "Porque aqui a gente tem lado. É o lado de Lula, é o lado do PT, é o lado que trabalha pelo povo de verdade", completou.
Segundo Marília informou em outra ocasião, foram mais de 6 mil obras de contenção de encostas nas gestões petistas. "De 2013 até hoje foram feitas pouco mais de 400 obras. Não é bom para o povo do Recife", ressaltou a candidata na sabatina no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon) realizada no último dia 21 de outubro.
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Arraes
Marília também usou parte do tempo do guia para criticar o uso do legado do ex-governador Miguel Arraes, seu avô, para fins eleitorais. Essa tem sido uma crítica recorrente da candidata direcionada ao PSB, partido do seu adversário nas eleições João Campos (PSB), bisneto de Arraes.
"Gente, uma das coisas que me deixa muito indignada é que esse pessoal que está aí, mandando no estado, na prefeitura, usa muito a imagem de Arraes para ganhar voto. Mas na prática, quando chegam na gestão, desonram totalmente a história e a luta de Arraes. Arraes foi um dos governantes do Brasil que mais foi solidário à luta por habitação", disse.
Tecnologia
Ainda nesta terça-feira (3), Marília Arraes apresentou propostas para garantir a inclusão digital na educação do Recife. Uma delas é a instalação de dois pontos de 'wifi livre' nas escolas municipais e bibliotecas.
"Também vamos incluir nas escolas o tema Tecnologia e Cidadania, por meio da promoção de atividades na grade de formação dos professores com propósito de formar cidadão tecnológico visando disseminação de conhecimento e informação", disse Marília.
A candidata pretende implantar laboratórios de fabricação digital, chamados de "Fab Labs" em todas as Regiões Político Administrativas (RPAs). "Serão espaços para que as pessoas de diversas áreas se reúnam para realizar projetos de fabricação digital de forma colaborativa. Estes ambientes deverão contar também com equipamentos digitais para produção cultural", completou.
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