ELEIÇÕES 2020

Propaganda eleitoral no rádio e na TV recomeça nesta sexta-feira (20) com mesmo tempo para Marília Arraes e João Campos

Nesta segunda etapa, o horário é igual para os dois candidatos: cinco minutos para cada

JC
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Publicado em 19/11/2020 às 21:19 | Atualizado em 19/11/2020 às 21:42
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A propaganda eleitoral vai até o dia 27 de novembro - FOTO: FOTOS: ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM

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O horário eleitoral gratuito será reiniciado no Recife nesta sexta-feira (20), envolvendo os candidatos no segundo turno da disputa à prefeitura: João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT). Os programas e inserções no rádio e na TV vão ser exibidos até o dia 27 de novembro.

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Após a realização de sorteio, foi definido que a coligação Recife Cidade da Gente, encabeçada por Marília, será a primeira a exibir o guia no rádio e na televisão. Em seguida, vem a coligação, Frente Popular do Recife, liderada por João. 

O sorteio foi realizado com a participação de representantes das TVs, rádios e partidos políticos, durante reunião realizada na última quarta-feira (18) pela Comissão de Propaganda Eleitoral do Recife para a elaboração do plano de mídia para veiculação da propaganda eleitoral.

Diferentemente do primeiro turno, quando o tempo da propaganda é definido a partir do tamanho das bancadas que integram a coligação, nesta segunda etapa o horário é igual para os dois candidatos: 5 minutos para cada. Na rádio, o guia eleitoral será veiculado das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10. Nas TVs, será exibido de 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40. 

As inserções, propagandas de 30 ou 60 segundos, são distribuídas ao longo da programação das rádios e TVs. Cada coligação terá 200 inserções, que totalizam 12 minutos e 30 segundos por dia para a coligação. Não houve sorteio porque a Resolução do TSE 23.610/2019 determina que quem inicia a veiculação é a a coligação que teve mais votos no primeiro turno. Portanto, a primeira inserção a ser veiculada será da Frente Popular do Recife, do candidato João Campos. O socialista obteve 29,17% dos votos no primeiro turno, e a petista, 27,95%.

Primeiro debate do segundo turno

Os candidatos a prefeito João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), que se enfrentam no segundo turno do das eleições municipais do Recife, debateram suas ideias e propostas para a capital pernambucana na Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (19). Em meio à troca de farpas, acusações de "falta de seriedade" e críticas aos partidos opostos, os postulantes - que são primos - trataram de temas como educação, saúde, mercado de trabalho, habitação, entre outros.

Confira como foi o debate:

Primeiro bloco

No primeiro bloco do debate, cada candidato teve dois minutos para dizer o motivo pelo qual está preparado para ser prefeito do Recife, após sorteio, quem começou foi João Campos.

"Fizemos uma campanha bonita, propositiva, trazendo ideias e conceito para o Recife. Tivemos um primeiro turno vitorioso, um primeiro turno onde a gente apresentou tudo com muita verdade, muito compromisso com as pessoas da cidade. Agora, é hora de intensificar a agenda, intensificar o diálogo, ouvir sempre as pessoas. Conheço os quatro cantos do Recife, conheço os principais problemas e não podemos perder a capacidade de ouvir as pessoas, pois o político não precisa saber entregar tudo, fazer tudo, precisa saber ouvir e construir com as pessoas. Estou pronto para ser prefeito, para fazer o Recife avançar e largar na frente na retomada econômica do Brasil. Temos a maior crise de todas as gerações vivas, que é a pandemia, e ela vai cobrar de nós a responsabilidade e a capacidade de se unir para enfrentar esse desafio sanitário e econômico gerando emprego e renda para as pessoas. Fizemos propostas bem desenhadas para fomentar empreendedorismo no Recife, a renda, garantir emprego, educação de qualidade e tenho convicção que vamos fazer, pois faremos junto com os recifenses, saberemos unir a força aliada ao enfrentamento da desigualdade que é o maior problema do País", disse o candidato.

Em sua fala inicial, Marília Arraes também destacou estar preparada, lembrou sua trajetória e ressaltou que teve quase o mesmo percentual de votos de João Campos no primeiro turno. O socialista passou ao segundo turno com 29,17% dos votos, enquanto a petista ficou com 27,95.

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"Desde o inicio, a gente responde por que quero ser prefeita e, no domingo (15), as urnas deram o recado, 70% do Recife não quer o PSB. Me sinto preparada, pois tudo na minha vida foi passo a passo, me formei em direito na UFPE, sou advogada. Fui vereadora uma vez, duas vezes, três vezes, sou deputada federal a única mulher deputada federal de Pernambuco. Tudo na minha vida foi assim, superando vários obstáculos, não foi fácil chegar aqui, não foi fácil conquistar o direito de ser candidata, cheguei ao segundo turno com quase o mesmo percentual do adversário, mas com a força do povo. Não fazemos política com intermediário e mostramos que é possível priorizar, é possível que Recife deixe de ser a capital da desigualdade, queremos dar política digna de habitação para pessoas que moram em palafita, que estão com barreiras caindo em cima de suas casas, fazer mais creches para a mãe poder ir trabalhar tranquila, sou mãe, sou mulher, tenho sensibilidade para entender todos os problemas que o Recife tem e tenho coragem de enfrentar todos esses desafios poderosos que sempre deixam o povo em último lugar", afirmou Marília.

Confira imagens do debate:

YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) no debate da Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
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João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) no debate da Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
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João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) no debate da Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
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João Campos (PSB) no debate da Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
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Marília Arraes (PT) no debate da Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
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João Campos (PSB) no debate da Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
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Marília Arraes (PT) no debate da Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
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Marília Arraes e João Campos participam de debate na Rádio Jornal - YACY RIBEIRO/JC IMAGEM

Segundo bloco

No segundo bloco do debate da Rádio Jornal, os candidatos fizeram perguntas entre si, com tema livre e direito a réplica e tréplica. Após sorteio Marília perguntou primeiro. A petista apontou que a saúde é um dos maiores problemas do Recife. "A pandemia evidenciou o sucateamento em que está o sistema de saúde da cidade, principalmente a atenção básica, que tem filas imensas para se fazer consultas e exames, muitas pessoas dormem na fila e queria saber como lidar com essa herança que o PSB está deixando, como a gestão pode enfrentar esse problema", questionou Marília Arraes.

João Campos, por sua vez, disse que a proteção da saúde será prioridade do governo municipal, caso ele seja eleito. "Vamos ampliar a rede de atenção básica, principalmente nos territórios que ainda têm deficiência de infraestrutura ou equipe. Vale lembrar que há oito anos atrás existiam mais de 63 equipes sem a presença de médico e foi colocada essa presença de médico e ampliação da equipe e da infraestrutura. Pretendemos ampliar essa infraestrutura e fazer acolhimento no atendimento, atendimento humanizado, vamos trabalhar e ampliar a instalação do prontuário eletrônico para garantir acessibilidade, vamos também fazer o hospital da criança no Recife, uma Upa Especialidades em Casa Amarela para garantir, não só exames, mas consultas, acompanhamentos e pequenos procedimentos cirúrgicos. Vamos fazer mutirões com a rede privada para garantir que o tempo ocioso da rede privada seja utilizada pela iniciativa publica. Com isso, cirurgias eletivas, consultas, procedimentos cirúrgicos poderão ser potencializados, dando acesso às pessoas do Recife. A média complexidade é problema no Brasil e precisamos enfrentar entregando a solução", afirmou o socialista.

Em sua réplica, Marília Arraes disse que as pessoas do Recife "não acreditam mais" em promessas do PSB, partido de João Campos. "Esse filme o Recife já viu, há oito anos Geraldo Julio chegava prometendo resolver prometendo fazer Upinha, hospital. Fez algumas coisas com dinheiro que o governo federal enviou na época, governo do nosso partido, mas o Recife não acredita mais nesse tipo de promessa. Inclusive, com relação à sua promessa de hospital da criança, que não está no plano de governo, foi colocada no final da campanha, e existe a casa da criança em Afogados, que está fechada faz muitos anos. Existe a estrutura, precisamos cuidar do que já tem na cidade, do que não está funcionando, que está sucateado. Vamos colocar para funcionar o que já existe. Até o ano passado, 28 equipes de atenção básica não tinham médicos, as enfermeiras lutando para colocar a equipe para funcionar, vamos resolver esse problema, ampliar a rede de atenção básica e colocar para funcionar o que não funciona", disse.

João teve direito à tréplica e rebateu. "Não me causa estranheza ver a candidata criticando o hospital de crianças, afinal de contas, o partido dela foi contra a construção do hospital Miguel Arraes, do Dom Helder, do Pelópidas, do hospital da mulher. Não seria diferente agora e a candidata já se mostrou contrária à construção do hospital da criança no Recife. As diretrizes foram apresentadas e o programa é feito ouvindo as pessoas, sendo consolidado na candidatura, propostas e projetos responsáveis, entendendo as demandas e o que é possível ser feito. Nós faremos três núcleos para o desenvolvimento infantil, podendo garantir acolhimento de crianças com deficiência, no diagnóstico precoce, nas terapias complementares. Só uma mãe de família sabe a luta de poder conseguir um fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, para garantir a dignidade para o seu filho com deficiência. Nós vamos fazer isso", afirmou João.

Confira a análise do debate:

Em seu momento de pergunta, João Campos apontou que Marília Arraes divulgou nas redes sociais a assinatura de uma carta compromisso em que, em um de seus itens, defende o fim do Prouni Recife. "No momento de grave crise, onde a gente vê que o desafio profissional da qualificação do ensino superior existe para os jovens, eu queria entender o que justifica isso candidata?", questionou o candidato do PSB.

Marília Arraes, primeiro, voltou para a fala anterior de João para esclarecer que não disse ser contra o Hospital da Criança. "Ele está aí com a resposta no papel, leu, e não condiz com o que eu falei", alfinetou Marília. "O que eu falei é sobre o que já existe, que a gente precisa recuperar uma estrutura que já existe. Quem é de Afogados sabe disso, perto da Vila São Miguel, ande por lá que você vai saber. Em relação às cartas compromissos, várias delas nós assinamos com ressalvas, inclusive essa é uma delas. O Prouni Recife precisa ser colocado direcionado para jovens que entrem no mercado de trabalho e não simplesmente comprar bolsas para divulgar números, pessoas não são números, realidades são nomes e histórias. E o que vamos direcionar é esse recurso que já está sendo utilizado para que seja destinado a cursos com empregabilidade, como por exemplo, na área de tecnologia. Como é que isso não está sendo feito, é isso que tem que se fazer, destinar para cursos que o jovem saia direto dele para o mercado de trabalho. Nós vamos reaproveitar esses programas porque quem acaba com programa é o PSB. Acabou com o programa Aluno nos Trinques, acabou com o guarda chuva nos morros, a gente vai melhorar e é isso que vai acontecer o Prouni Recife, nós vamos otimizar esses cursos que os alunos estão tendo oportunidade. Vou fazer cursos que gerem empregabilidade, que entregam esses jovens para o mercado do trabalho. Sobre ser mãe, eu sou mãe de uma filha, você não é. Eu sei o que é tomar conta de uma criança", completou a candidata.

João Campos falou em um jovem do Prouni Recife numa tentativa de demonstrar à adversária que não vê as pessoas como números. "São mais de 1500 jovens formados no Prouni Recife. Conheço Alef, que é engenheiro civil, com uma história de vida super bonita. E Alef não é um número, é uma pessoa, é um jovem recifense que tem um sonho, que tem um futuro brilhante pela frente. Nós temos o compromisso de fortalecer o Prouni Recife e ir além, nós lançamos o Embarque Digital, serão 500 vagas por ano para área de tecnologia e empregabilidade do nosso polo de tecnologia, dentro do Porto Digital. E pelo visto a senhora assinou a carta compromisso sem ler os itens, porque não há ressalvas, há a sua assinatura. Várias cartas compromissos eu não assinei, porque eu só assino se eu concordar com a integridade do documento. Porque nós temos o compromisso com a verdade, o que dá para ser feito e não chegar com promessa vazia que não entrega as soluções verdadeiras, para as pessoas do Recife", disse João na réplica.

Marília Arraes teve direito à tréplica e afirmou que as cartas compromissos são assinadas, mas, mesmo assim, há um programa de governo. "É isso que nós temos falado. Não é novidade a gente tá falando sempre sobre otimizar a questão do Prouni Recife, sobre investir em educação, que vocês sucatearam. E a gente vai acabar com essa questão da mãe ficar na fila de espera para creche. Eu sou mãe, sei o que é você ter que sair para trabalhar e deixar seu filho em segurança. Esse problema vai deixar de existir na cidade do Recife, porque é possível. Vamos fazer parcerias com os centros comunitários, capacitar as mães das comunidades para trabalharem, criar uma rede de enfrentamento da violência doméstica, e tudo isso se faz com prioridade. O Recife nunca teve uma mulher na prefeitura para priorizar essas questões que atingem diretamente as mulheres, e nós vamos fazer diferente. Agora o Recife vai ter a primeira prefeita que vai cuidar das mulheres, das crianças. Fazer todos esses enfrentamentos que foram deixados para trás e que foram desmontados pelo PSB", disse a petista.

Redes sociais

Os candidatos fizeram publicações em suas redes sociais sobre o debate; confira:

Marília Arraes teve outra de fazer uma pergunta a João Campos e entrou questionou  socialista sobre a situação das escolas municipais do Recife. Segundo a petista, 70% das escolas municipais têm infiltrações, rachaduras e problemas estruturais. "A criança se encosta na parede, leva um choque, 54% das escolas não estão em regiões com saneamento básico. É muito difícil para a mãe que vê o seu filho nessa condições. Como você acha que é uma criança vivendo em condições como essa?", perguntou Marília.

João Campos iniciou a resposta afirmando que a infraestrutura educacional do Recife e do Brasil sempre vai precisar melhorar. "Agora, é inegável os avanços recentes que foram obtidos na rede municipal de ensino. Nós temos, hoje, multiplicado por dez o número de matrículas na educação integral no ensino fundamental, isso é uma melhoria importante. Nós temos feito melhorias sucessivas na infraestrutura escolar. Hoje, 99% das salas são climatizadas, inclusive, isso é um indicador que vários estudos mostram de infraestrutura escolar que faz diferença no aprendizado. Eu posso garantir, candidata, eu me dedico à educação. Na Câmara dos Deputados, fui membro da Comissão de Educação, coordenador da Comissão Externa do MEC (Ministério da Educação), me dediquei na comissão que discute o Fundeb, que é o mecanismo mais importante de financiamento da educação básica. Então, eu tenho compromisso para poder mostrar que já fizemos e vamos fazer muito mais. Vamos trabalhar, sim, para melhorar sempre a infraestrutura escolar, vamos duplicar o número de vagas de creche na nossa cidade, fazer um robusto programa de foco na alfabetização e um outro de qualificação profissional. Nós vamos fazer isso junto com os professores da rede, junto com os alunos, porque Recife vai ser colocado no pódio da educação brasileira. Tem caminho. Recife já é a capital que mais cresce no Brasil nas duas últimas medições do Ideb. Cresceu mais de 60%, a média do Brasil é 23%, é mais de três vezes o crescimento do Recife em relação às outras cidades brasileiras. Estamos no caminho certo e vamos fazer muito mais", disse João.

Marília, por sua vez, na réplica, apontou problemas da educação na gestão do PSB e disse ter ficado com a impressão de que João não conhece a realidade do Recife. "Quando a gente conversa com as mães, com as comunidades, a gente vê o quanto essas escolas estão sucateadas. Você que está me ouvindo, que foi nas escolas do seu bairro votar, podem até ter visto que deram uma 'maquiadazinha', passaram uma mão de cal, mas está em uma situação muito difícil. Aqui, antes do governo do PSB, tinha o Aluno nos Trinques, o aluno recebia material de qualidade, fardamento, recebia bolsa. A merenda era de qualidade e, hoje, além de ser de má qualidade, tem diversas diversas denúncias, investigações de superfaturamento. Sequer estão entregando cestas básicas para as mães de crianças que estão sem ir para a escola, que não tem a merenda, que tinham aquelas refeições como as principais do seu dia. Faz quatro meses que não entregam cestas básicas e ainda tem denúncia de superfaturamento sobre elas com recurso da covid-19. Faltam professores também, não há concurso de professores, nós vamos fazer tudo isso", prometeu a petista.

Na tréplica, João Campos disse ser "impressionante" como Marília olha para o Recife e "só vê problemas". "O Recife não dava fardamento para os alunos antes da gestão do PSB. A merenda era de péssima qualidade, era, inclusive, industrializada, não era in natura como é feito hoje. A gente sabe que vários avanços foram conquistados, os números mostram isso. Você tem a escola do futuro, a educação integral, que é uma realidade. O que fez Pernambuco conseguir sair do 21º lugar do Brasil e ter a melhor educação pública do País, foi um amplo incentivo à educação integral e a um modelo de gestão que deu certo, isso está sendo feito no Recife, os indicadores mostram isso, basta olhar para o Ideb. Agora, é importante a gente dizer que sempre teve o que fazer. Agora, o que impressiona é não reconhecer nenhum avanço. O debate perde a verdade quando é feito assim. Claro que a educação avançou e nós vamos avançar muito mais", concluiu o candidato.

Bidu Krause

Em sua segunda pergunta, João Campos disse que após prometer transformar o Centro Bidu Krause em um Compaz, Marília disse que o equipamento precisa "apenas" de uma revitalização e teria classificado a proposta como "mirabolante". "Você considera agregar um equipamento cultural, uma biblioteca, um mãe coruja ao Bidu Krause como algo mirabolante", questionou?

Marília Arraes respondeu que não chamou a proposta de mirabolante. "O que eu frisei e coloquei na propaganda de TV foi que era uma reciclagem de propostas. Geraldo Julio chegou lá há oito anos atrás prometendo o Compaz, chegou lá há quatro anos atrás prometendo um Compaz e as pessoas não acreditam mais. O que eu defendo é que a gente revitalize esses locais. Se você chegar no Bidu Krause e quem mora lá sabe disso, está lá a piscina verde e acabada, um equipamento abandonado, minha gente, não pode. E de repente os candidatos que saem de uma caixinha e são preparados pelo marketing, vão lá e voltam para tentar enganar as pessoas com promessas e, inclusive, as mesmas promessas. Não é assim que funciona João Campos. Não é questão de ser contra o que você está dizendo, é de não querer que as pessoas sejam enganadas novamente. Você está ai dizendo que não tinha antes do governo PSB, o Aluno nos Trinques, claro que tinha. Quem está me ouvindo sabe disso, sabe como o aluno era tratado antes. Não dá para ficar falando mentiras e as pessoas acreditando assim. O Recife não vai mais acreditar nisso. O Bidu Krause vai ser o centro que tem que ser, vai ser revitalizado, vai ser colocado a serviço da população. Vai ser utilizado como deve ser utilizado, com todos os equipamentos que já existem e vai ser melhorado. Agora, não dá para você ficar fazendo promessas vazias. O povo não acredita mais nisso João Campos", disparou a petista.

Na réplica, João Campos exaltou o Compaz, construído na gestão de seu aliado, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). "Só quem conhece o Compaz tem noção do seu impacto em torno da comunidade. Ele foi reconhecido como o equipamento brasileiro que mais reduz desigualdade no nosso País, isso mostra que ele funciona, que ele é muito mais que uma obra de pedra e cal, é uma obra de cultura de paz, uma cultura de acolhimento, com assistência, com biblioteca, com oportunidade de inserção da cultura, de diálogo com a educação. O Compaz é um grande equipamento. E nós vamos ampliar e vamos fazer sim do Bidu Krause um novo Compaz, porque essa é uma ação efetiva de cidadania. A prefeitura pode ajudar na segurança, garantindo a cidadania, garantindo a prevenção e oportunidade para o jovem. Nós vimos isso em várias regiões da cidade. Nós vamos fazer com muita força e entusiasmo porque nós acreditamos no recifense, no potencial do recifense, e para a gente fazer esse potencial brilhar é só dar uma oportunidade. O recifense é talentoso e vai conseguir construir um grande futuro", afirmou João Campos.

Na sua tréplica, Marília tratou de qualificação e prometeu cursos aos jovens recifenses. "No Compaz, tinha uma cozinha comunitária, que foi desativada e a gente vai colocar esses equipamentos a serviço da população. Os cursos de qualificação não podem ser simplesmente para terapia ocupacional, a gente tem que colocar cursos que encaminhem os jovens para o mercado de trabalho, tem que ampliar as vagas e dar essas oportunidades. E é isso que nós vamos fazer, vamos colocar cursos para os jovens saírem de lá com o emprego garantido, com orientação para montarem seu próprio negócio e saírem com seu MEI. Não vamos cobrar IPTU Comercial de quem tem seu MEI e se formalizou com o MEI. A gente vai cuidar do Recife. A gente vai reativar a economia da cidade que está tão abandonada, com uma prefeitura que persegue o trabalhador quando ele está lá tentando vender sua água, sua fruta, a prefeitura vai lá toma a mercadoria do pai de família que está tentando se sustentar. A nossa prefeitura vai ser diferente", concluiu a petista.

Blocos

O debate ainda teve mais dois blocos com temas sorteados e perguntas de jornalistas do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Os candidatos João Campos e Marília Arraes ainda trataram de temas como mobilidade, gestão metropolitana, déficit habitacional e outros. Confira:

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