Dilma: Bolsonaro age como fascista e escolhe ser cúmplice da tortura e da morte

O atual chefe do Executivo ironizou a tortura sofrida por Dilma no período em que foi presa, em 1970, durante a ditadura militar
Estadão Conteúdo
Publicado em 28/12/2020 às 21:23
Dilma sofreu impeachment em 2016 e, desde então, não voltou a ocupar cargos públicos Foto: ROBERTO STUCKERT FILHO/PR


A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) rebateu nesta segunda-feira (28) as provocações feitas por Jair Bolsonaro e classificou o presidente da República como "fascista", "sociopata" e "cúmplice da tortura e da morte". Pela manhã desta segunda-feira (28), o atual chefe do Executivo ironizou a tortura sofrida por Dilma no período em que foi presa, em 1970, durante a ditadura militar. A apoiadores, Bolsonaro cobrou que lhe mostrassem um raio X da adversária política para provar uma fratura na mandíbula.
>> Bolsonaro diz que aguarda raio X de Dilma após tortura durante ditadura
"A cada manifestação pública como esta, Bolsonaro se revela exatamente como é: um indivíduo que não sente qualquer empatia por seres humanos, a não ser aqueles que utiliza para seus propósitos. Bolsonaro não respeita a vida, é defensor da tortura e dos torturadores, é insensível diante da morte e da doença, como tem demonstrado em face dos quase 200 mil mortos causados pela covid-19 que, aliás, se recusa a combater. A visão de mundo fascista está evidente na celebração da violência, na defesa da ditadura militar e da destruição dos que a ela se opuseram", relatou Dilma em nota. "É triste, mas o ocupante do Palácio do Planalto se comporta como um fascista. E, no poder, tem agido exatamente como um fascista.
Para Dilma, Bolsoaro mostra, "com a torpeza do deboche e as gargalhadas de escárnio, a índole própria de um torturador" e "ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado, escolhe ser cúmplice da tortura e da morte."
No documento, a presidente avalia que o presidente insulta, além dela, outras milhares de vítimas da ditadura militar, torturadas e mortas, assim como aos seus parentes, "muitos dos quais sequer tiveram o direito de enterrar seus entes queridos", escreve. "Um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro", conclui.
TAGS
Política Brasil Dilma Rousseff Jair Bolsonaro
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory