O prefeito do Recife, João Campos (PSB), usou a manhã desta terça-feira (12) para realizar uma visita de cortesia ao Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE). O encontro, que contou com as presenças do secretário de Governo e Participação Social, Carlos Muniz, do assessor especial Antônio Limeira, da procuradora Geral do Município, Giovana Ferreira, e dos membros da procuradoria Sílvio Lins e Pedro Pontes, seria apenas o primeiro de uma série reuniões que o socialista pretende fazer com instituições públicas e privadas da cidade neste início de mandato.
"A gente vai visitar as instituições, agradecendo e nos colocando à disposição para o diálogo. Se não for pelo diálogo não há outra forma de resolver os problemas. Fiz questão de que a primeira instituição visitada fosse o Tribunal de Contas e não foi por acaso. Agradeço a receptividade e essa visita aqui é muito mais do que um símbolo, é um compromisso com a cidade e que a gente possa fazer o que a população espera: antecipar os problemas, nos colocar para o diálogo, trazer o desafio e construir os caminhos conjuntamente", declarou João Campos.
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O gesto do prefeito se deu poucos dias depois da corte proferir duas decisões desfavoráveis à prefeitura referentes à compra de imóveis e terrenos para a Secretaria Municipal de Educação realizadas ainda na gestão Geraldo Julio (PSB), hoje secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado. Os conselheiros Carlos Porto e Tereza Duere suspenderam as transações e foram os únicos dos sete conselheiros do TCE que não receberam João durante a sua visita.
Presidente do TCE-PE, Dirceu Rodolfo defendeu que prefeitura e TCE, com diálogo, consigam discutir políticas públicas e "construir juntos" ao longo do mandato do novo gestor. "A gente constrói controle externo com diálogo. A gente hoje procura entender o tempo da gestão e o tempo do controle, que são tempos diferentes. Essa casa aqui está à sua disposição para que a gente possa conversar, para que a gente possa construir juntos. O papel do Tribunal é no sentido de tentar chegar no tempo certo. Para fazer o controle certo. Para poder, antes de qualquer coisa, discutir as políticas públicas, e poder a partir dessa discussão, opinar e aperfeiçoar", detalhou.
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