Restrições afetam receita e, sem dinheiro, não conseguimos ampliar leitos de covid-19, diz Paulo Câmara
Governador lembrou que Brasil vive, desde 2015, crise econômica que foi agravada pela pandemia da covid-19
O governador Paulo Câmara (PSB) explicou nesta segunda-feira (26) que o governo precisa ponderar entre ampliar as restrições contra a propagação do novo coronavírus e garantir a manutenção da atividade econômica, inclusive para que o Estado arrecade recursos necessários para custear os tratamentos das pessoas com covid-19. O socialista lembrou que o Brasil está em crise desde 2015 e que essa situação se agravou com a pandemia e a forma como ela afeta os diversos setores econômicos.
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"Não estamos de maneira nenhuma com dinheiro sobrando, pelo contrário, mas estamos cumprindo com nossas obrigações, e isso é fundamental. Agora, nós temos que investir na vacina. A cada momento que o Estado posterga e que mais restrições acontecem, evidentemente que isso afeta as receitas e sem dinheiro não conseguimos avançar na ampliação de leitos, fazer todos os investimentos necessários. Por isso, estamos sempre dosando e cobrando que a vacina chegue a todos", afirmou o governador, em entrevista à Rádio CBN.
Compra da vacina Sputnik V
Segundo Paulo Câmara, o governo tem tentado se adaptar ao cenário econômico e as necessidades de receitas para manter os investimentos necessários. Uma dessas ações é a compra da vacina russa contra a covid-19 Sputnik V. "Isso vai gerar o investimento de mais de R$ 200 milhões que nós vamos ter que tirar de algum programa, mas nós vamos fazer o que precisar ser feito para vacinar o povo de Pernambuco", prometeu.
As declarações ocorrem no momento em que o governo estadual é cobrado pelo governo federal e pela oposição por mais transparência nos gastos aplicados com recursos para combater o novo coronavírus.