Vice-líder do governo na Alepe acusa prefeitos da oposição de 'politizarem' vacinação contra covid-19 em Pernambuco
O vice-líder da bancada governista na Assembleia Legislativa de Pernambuco saiu em defesa do Governo de Pernambuco após as críticas de prefeitos da oposição sobre o início da vacinação contra a covid-19 para os profissionais da educação do Recife
O vice-líder da bancada governista na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Diogo Moraes (PSB), saiu em defesa do Governo de Pernambuco após as críticas de prefeitos da oposição sobre o início da vacinação contra a covid-19 para os profissionais da educação do Recife com mais de 40 anos, iniciada na quarta-feira (28). Os gestores cobram tratamento igualitário para todos os municípios pernambucanos e pedem distribuição das doses necessárias para atender esse novo grupo.
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O deputado chama atenção para o fato dos gestores que fizeram questionamentos ao governo estadual serem do campo da oposição, como a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB). "Logicamente a gente estranha muito serem só prefeituras de oposição reclamando, principalmente prefeituras que tem postulantes ao governo do estado, então isso fica claro que é querer politizar um momento tão delicado. Eu acho que a gente deveria mais se unir do que criticar e do que ficar choramingando", afirmou o deputado.
O líder da oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Antonio Coelho (DEM), questionou nesta quinta (29) um suposto favorecimento da capital pernambucana com relação ao avanço das etapas de vacinação dos grupos prioritários.
"Começa a se suscitar dúvidas de que Recife está sendo privilegiado. Houve essa mesma preocupação lá atrás. O Governo do Estado deu garantias que esse não era o caso, mas quando a gente vê de novo que essa medida foi tão mal comunicada, a gente começa a achar que pode ter havido (favorecimento) sem justificativa nenhuma", afirmou Antonio Coelho ao JC.
Diogo Moraes atribuiu a ampliação do público-alvo da vacina contra a covid-19 na capital pernambucana à uma questão operacional da gestão do prefeito João Campos (PSB). "Se Recife está partindo na frente, não é porque está recebendo vacinas a mais, é porque a gente está enxergando que está sendo bem mais eficaz a questão da vacinação, pela plataforma que funciona através do portal, pelos inúmeros locais para a vacinação, a organização de Recife e outros municípios pernambucanos", disse Diogo.
No Recife, a vacinação é realizada em 11 pontos de drive-thru e seis salas de vacinação. De acordo com o Vacinômetro do município, já foram aplicadas 471.689 doses da vacina até então. De acordo com a gestão, o próximo grupo a ter direito a receber o imunizante é o de pessoas com comorbidades, cuja vacinação será feita paralelamente aos trabalhadores da educação.
O agendamento da vacina é feito através do aplicativo Conecta Recife ou do portal de vacinação no site da Prefeitura do Recife. Os que não têm acesso a internet devem se dirigir às Unidades de Saúde da Família (USFs) para agendar a imunização, levando comprovante de residência e documento com foto.
Gestão estadual
O socialista ressalta ainda o posicionamento adotado pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), de que a distribuição dos imunizantes pelo governo estadual é feita de proporcionalmente considerando a população dos municípios. "Há municípios que têm a logística mais complicada de chegar, outros não, e também é a questão de cada um se organizar para vacinar, porque cada município tem sua própria autonomia de como vacinar essas pessoas. Eu vi outras cidades, por exemplo, Igarassu chegar a 60 anos antes que Recife", disse.
Ele aproveitou para elogiar a atuação do governador Paulo Câmara no combate à pandemia e negar qualquer favorecimento a determinado município. "Em nenhum momento o governador Paulo Câmara foi insensível a esse caso, tanto que ele faz questão de fazer os seus anúncios de combate a covid-19 a todos os pernambucanos, sem distinção de partido A ou partido B", completou.