Eleições 2022

Antonio Coelho diz que conversa com MDB esgotou e Miguel deve migrar pra outro partido

A expectativa é de que o anuncio da filiação do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, no partido Democratas (DEM), ocorra nos próximos dias

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Mirella Araújo

Publicado em 25/08/2021 às 17:02
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Com o ingresso do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), ao partido Democratas prestes a ser anunciado nos próximos dias, o líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Antonio Coelho (DEM), afirma que o gestor teria condições de fazer uma grande contribuição ao partido, que está vivendo um momento de renovação dos quadros de olho nas eleições de 2022 liderado pelo presidente nacional do DEM, ACM Neto.

De acordo com Antonio Coelho, irmão do prefeito de Petrolina, houve diversas tentativas de diálogo para que o MDB pudesse assumir um papel maior no pleito majoritário. “Tentamos argumentar de forma democrática com as lideranças do MDB estadual, porque achávamos que o partido poderia fazer uma contribuição ainda maior para esse momento de Pernambuco, entretanto, esse debate foi esgotado e a gente já tem a certeza de que o MDB está decidido a preservar sua aliança com a Frente Popular”, declarou o parlamentar.

 

Ele evitou dar detalhes sobre o processo de filiação de Miguel Coelho, mas que o chefe do Executivo municipal tem afirmado publicamente que tem o sonho de liderar um novo projeto para Pernambuco não se resume apenas a ser projeto da oposição. “E isso necessariamente passa por uma aglutinação de forças de todas as matizes políticas, desde aquelas que já integram a oposição, até pelas forças de centro, centro esquerda”, afirmou Antonio Coelho, em entrevista à Rádio Clube, nesta quarta-feira (25).

A fala do parlamentar se refere ao encontro, nessa terça-feira (24), entre Miguel Coelho e o presidente estadual do PDT, o deputado federal Wolney Queiroz, em Brasília. E que contou com a presença do deputado federal Fernando Filho (DEM). Segundo Antonio, o alinhamento do PDT com a pré-candidatura de Miguel ao governo do Estado, seria benéfica para os dois lados.

“Existem estratégias eleitorais, uma coisa é a eleição de primeiro turno e uma eleição de segundo turno. O PDT poderia estar mais bem servido se fizesse parte de um projeto político com mais envergadura, se por exemplo tivesse nessa chapa e garantisse palanque para o seu presidenciável”, disse Coelho, entretanto, o próprio deputado afirmou que nacionalmente o DEM deveria “marchar com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)”. O partido ainda não tem definição sobre quem irá apoiar nas eleições para presidente da República ou ainda se poderá lançar uma candidatura própria.

Palanques

Durante a entrevista, Antonio Coelho disse defender candidatura única da oposição para o pleito majoritário, mas também não enxerga grandes problemas caso o bloco decida lançar mais de um nome  para concorrer a sucessão de Paulo Câmara (PSB). Ele avalia que o cenário mais provável seria ter uma candidatura de direita e uma de esquerda em um eventual segundo turno, principalmente diante da reaproximação entre PT e PSB dada como certa.

Entre os nomes colocados na mesa como o de Miguel Coelho, o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL) e da prefeita da Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), todos possuem legitimidade para entrar na disputa, segundo Antonio. “É natural que todos se coloquem nesse momento, nós estamos em um momento legítimo para isso. Também é natural que um deles leve essa questão até o fim, pode ser na candidatura de governador ou em algum espaço na chapa majoritária. Até o final do ano, vamos buscar uma definição, sobre quem tem mais capacidade de juntar”, declarou.

Embora as conversas com o presidente estadual do DEM, o ex-ministro da Educação Mendonça Filho, estejam avançadas e o próprio dirigente já declarou que as portas estão abertas para Miguel Coelho, a viabilidade dessa candidatura passará por conversa com todos os partidos de oposição - PSDB, PSC, Cidadania, PL.

"Qualquer candidato precisa de outros apoios além do DEM, o DEM está disponível para compor leque de partidos, pois um partido sozinho, isolado, sem conexão popular, sem projeto bem discutido, sem que possa ampliar para outras forças como Armando Monteiro, Bruno Araújo, Daniel Coelho, fica estreito o caminho e dificulta uma vitória", comentou Mendonça, em entrevista a Rádio Jornal  Petrolina, na última quinta-feira (19). 


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