Eleições 2022

Após Priscila Krause deixar o DEM, Daniel Coelho comemora aproximação da deputada com PSDB e Cidadania: 'parte do time'

Após 27 anos ligada ao Democratas, Priscila anunciou na última terça (9) o desembarque da sigla.

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Renata Monteiro

Publicado em 10/11/2021 às 16:23 | Atualizado em 10/11/2021 às 16:50
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Em entrevista à Rádio Jornal Petrolina na manhã desta quarta-feira (10), o deputado federal Daniel Coelho, presidente do Cidadania-PE, comemorou a saída da deputada estadual Priscila Krause do Democratas e a consequente aproximação da parlamentar do grupo político que apoia a pré-candidatura da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), ao Governo de Pernambuco. Após 27 anos ligada ao DEM, Priscila anunciou na última terça (9) o desembarque da sigla.

"A gente recebe com muita alegria o anúncio de que Priscila vai estar conosco, com o Cidadania, com o PSDB, comigo, com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e com as forças políticas que estão construindo o bloco que está fazendo o Movimento Levanta Pernambuco. Espero que ela em breve decida para qual partido vai, acho que esta é uma segunda etapa, mas o anúncio é de que ela fará parte desse time. Fiz questão de falar ontem com a deputada, saudá-la, e é com felicidade que a gente vê os nossos caminhos se reencontrando, já que na última campanha, em Caruaru, nós tivemos um palanque juntos, Raquel era a candidata à reeleição e apoiou Priscila para estadual e me apoiou para deputado federal", declarou o deputado.

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Hoje, a centro-direita pernambucana possui três pré-candidatos ao governo, a prefeita Raquel e os também prefeitos Anderson Ferreira (PL), de Jaboatão dos Guararapes, e Miguel Coelho (DEM), de Petrolina. Questionado se acredita na possibilidade de, no futuro, essas postulações convergirem para um único nome, Daniel disse considerar "importante e legítimo" que o campo oposicionista tenha mais de um candidato ao Palácio do Campo das Princesas em 2022.

"Eu acho que a unidade deve se dar em algumas estratégias comuns, mas é importante e legítimo que a oposição tenha mais de uma candidatura. Considerando que o governo fez uma aliança com o PT, se no campo da oposição nós não tivermos pelo menos dois projetos, acho que haverá uma dificuldade imensa para se provocar um segundo turno. É importante que a gente tenha pelo menos dois nomes. O importante é que se compreenda que o debate é sobre o que nós precisamos fazer para mudar Pernambuco, e não ir para um jogo de agressão e ataques", observou Daniel.

Priscila, por sua vez, afirmou que ainda não tem opinião formada sobre o tema, mas disse que sempre defendeu e defenderá que as forças de oposição marchem unidas no próximo pleito, independentemente do número de candidaturas postas. "Eu não só concordo que a oposição deve seguir unida como tenho trabalhado para isso. Todas as minhas falas, em todos os momentos, foram buscando o entendimento, mas isso é um processo, não é uma coisa estática. Eu entendo a legitimidade dos três atores que estão postos nesse momento, Raquel, Anderson e Miguel. Não tenho uma opinião fechada sobre isso, mas um cenário a se considerar é se seria melhor lançarmos uma candidatura só ou se duas candidaturas seria a melhor estratégia eleitoral. A gente vai ter que fazer um exercício de olhar para trás e ver como isso se comportou nas últimas eleições", declarou a parlamentar, durante entrevista à Radio Clube AM nesta manhã.

Mais adiante, Priscila disse acreditar que a centro-direita pernambucana deve estar aberta ao diálogo com outras forças de oposição e disse que consideraria "conversar" até mesmo com representantes da direita bolsonarista do Estado. Ao ser perguntada se o ministro Gilson Machado teria espaço nesse bloco, a deputada disse que seria necessário ver "como as coisas seriam colocadas", mas que considera que "todas as forças de oposição ao PSB e ao PT são bem-vindas".

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