O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou, na manhã desta sexta-feira (7), de perguntas relacionadas à divulgação de dados de médicos que participaram de audiência pública sobre a vacinação infantil. Pelo menos três médicos tiveram telefone celular, e-mail e CPF vazados na internet.
Revelado pelo jornal O Globo, o vazamento teve participação da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Kicis disse ao jornal que compartilhou os dados em um grupo de WhatsApp de médicos.
Foram divulgados dados de Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Queiroga afirmou que perguntas relacionadas ao vazamento deveriam ser direcionadas à deputada. "Eu não estava na audiência pública", se defendeu. "Sou ministro da Saúde, não fiscal de dados do Ministério".
Queiroga também afirmou desconhecer que a secretária executiva da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec), Vania Canuto, tenha sido exonerada. Conforme informou CBN, o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Helio Angotti, pediu a Queiroga a demissão da técnica que deu o voto decisivo que rejeitou o uso do kit covid.