Paternidade de obra

Lula diz que Bolsonaro se vangloria 'com trabalho dos outros', em referência a obras

Lula ironizou Bolsonaro nas redes sociais, dizendo que ele só foi responsável por 7% da obra da Transposição e agora quer aparecer como o governo que fez a obra andar

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Estadão Conteúdo

Publicado em 12/02/2022 às 16:12
Lula em visita às obras da Transposição - Ex-presidente Lula (PT) em ato na transposição. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Em disputa de paternidade pelas obras de transposição do Rio São Francisco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
"Tem gente se vangloriando com o trabalho dos outros", disse o petista em publicação nesta sexta-feira, 12, no Twitter, ao argumentar que 88% das obras foram feitas nos governos dele e da ex-presidente Dilma Rousseff e que Bolsonaro "só apareceu para tirar foto". O presidente participou na terça, 9, da inauguração de um trecho da transposição, o que suscitou trocas de acusações com o petista sobre as responsabilidades de cada um na obra.
"Desesperado com o resultado das pesquisas eleitorais que mostram sua rejeição na região Nordeste, [Bolsonaro] tenta ganhar alguma popularidade às custas do trabalho e dedicação alheios. Ele foi o responsável por apenas 7% da obra", atacou Lula em texto publicado no seu site.
Como mostrou reportagem do Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em novembro, a "paternidade" da transposição é considerada um ativo eleitoral e, por isso, é disputada por Lula, Bolsonaro e pelo ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PDT), outro pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Os três tentam manter as digitais na "chegada das águas ao sertão" - que, porém, só deve ser concluída integralmente em 2024. Ou seja, será uma herança para o próximo presidente.
Em entrevista na quarta, 9, Lula disse que a transposição é uma herança de seu governo e desafiou Bolsonaro a mostrar isso. Em resposta, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que a obra foi marcada por "abandono e desperdício" nos anos em que esteve sob a gestão petista e disse que a intervenção "não tem dono".
 

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