Danilo Cabral diz que pautas religiosas terão espaço no novo projeto de governo para Pernambuco
O pré-candidato a governador pelo PSB terá que estabelecer um diálogo mais aprofundado com um segmento específico dentro do setor religioso: os eleitores evangélicos
Enquanto os pré-candidatos a governador do bloco da oposição iniciaram esse novo momento da pré-campanha com agendas ligadas ao eleitorado religioso, o pré-candidato ao governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), tem dado continuidade a outras pautas voltadas para as as áreas da educação, direitos dos povos indígenas e nos compromissos que envolvem a articulações políticas partidárias.
“O diálogo vai ocorrer com todos os setores e nessa discussão, a partir da construção do nosso projeto de governo, que se dará em abril, vamos procurar estes setores para apresentar nossas diretrizes gerais através de uma interlocução coletiva”, destacou.
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Vale lembrar que o primeiro compromisso do deputado federal Danilo Cabral como pré-candidato à sucessão estadual pelo PSB foi uma visita ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, no início de fevereiro. Eles estiveram reunidos no Palácio dos Manguinhos, no bairro das Graças, sede da Cúria Metropolitana.
Ocorre que a nacionalização do debate para o palanque estadual, com a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), vai trazer com mais força a necessidade de um debate mais aprofundado com um público específico dentro desse universo religioso: os evangélicos.
Uma parte significativa dos evangélicos demonstram abertamente a preferência pelo presidente da República e suas pautas de costumes, e devem replicar esse apoio ao candidato que o representa no Estado. A exemplo de partidos que integram a Frente Popular, como o PP, do deputado federal Eduardo da Fonte, que possuem representantes evangélicos cujos posicionamentos são a favor da reeleição do presidente Bolsonaro, ao qual o PSB faz oposição em todas as esferas.
Recentemente, duas lideranças importantes desse bloco bolsonarista se filiaram ao Partido Progressista: a deputada estadual Clarissa Tércio e o vereador Júnior Tércio. Ambos fazem uma ferrenha oposição ao governo de Paulo Câmara e, por mais divergências que possuam com o pré-candidato a governador Anderson Ferreira (PL), devem estar juntos no mesmo palanque.
Além deles também há o pastor Cleiton Collins e a vereadora Michele Collins, que defendem o que consideram ser a "pauta da família", e já declararam que Bolsonaro faz a defesa dessa agenda.
“O nosso ponto de convergência dentro da Frente Popular é a clara definição de que estamos em um campo de oposição ao governo Bolsonaro. Isso é uma diretriz geral e garante a unidade da Frente Popular. Vai caber a cada partido, definir como será conduzido. Nosso campo é muito claro e não há dúvidas com relação ao nosso apoio ao ex-presidente Lula (PT)”, declarou Danilo,
O posicionamento do socialista foi em resposta ao questionamento sobre o fato de partidos como PP, terem frentes que a nível nacional não vão estar no mesmo palanque e que possuem uma postura e um discurso mais conservador. Para Cabral, o PSB preza por manter um ambiente de diálogo e sabe que o segmento evangélico é importante dentro dessa conjuntura.