Redes sociais

Flávio alega que gastos do cartão corporativo de Bolsonaro são para segurança

Bolsonaro foi criticado pelo sigilo imposto aos gastos de seu cartão corporativo

Imagem do autor
Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 19/05/2022 às 14:06 | Atualizado em 19/05/2022 às 14:18
Notícia
X

Com informações do Estadão Conteúdo

O senador Flávio Bolsonaro (PL) saiu em defesa do pai, o presidente Jair Bolsonaro, após a hashtag "Jair Gasta, o Brasil Paga" estar entre as mais comentadas no Twitter.

Bolsonaro foi criticado pelo sigilo imposto  aos gastos de seu cartão corporativo. Somados às despesas do cartão do vice-presidente Hamilton Mourão, já foram gastos R$ 8,8 milhões desde o começo do ano nessa modalidade, de acordo com o Estadão.

Flávio Bolsonaro alegou que o presidente usa o cartão para "garantir a sua segurança". "Um ex-militante do PSOL tentou assassiná-lo, o que eleva seu grau de risco de morte pois a chance de ele ser vítima novamente do ódio da esquerda é grande", disse ele nesta quarta-feira (18).

O folho de Bolsonaro também acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de desembolsar gastos altos em seu casamento com Rosângela Silva, a Janja.

"Você não pode ter mais de uma televisão, mas no casamento dele pode ter mais de 200 garrafas entre espumantes e vinhos no valor entre R$ 800 a R$135?". De acordo com o PT, o casamento foi um evento privado, sem uso de dinheiro público.

Lula x Bolsonaro

A disputa entre os gastos de Bolsonaro, efetivados com orçamento público, e de Lula em seu casamento tomaram as redes sociais. Enquanto o presidente é acusado de extrapolar a média natural do uso do cartão corporativo, o petista é tomado como "hipócrita" por gastar na cerimônia valores que as classes mais baixas, que defende, não têm acesso.

O jornal o Estado de S. Paulo tem ação judicial buscando acesso às informações do cartão corporativo de Bolsonaro há dois anos. O pedido de transparência cobra o direito de os jornalistas do veículo terem acesso à descrição de como o presidente faz uso dos recursos públicos para fins pessoais e organizacionais.

O valor dos gastos é publicado pelo Portal da Transparência, mas a explicação sobre os produtos e serviços comprados é omitida.

Representações

Membro da Comissão de Fiscalização, Transparência e Controle do Senado, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) também pediu à Secretaria-Geral da Presidência da República o detalhamento dos gastos da Presidência da República com os Cartões de Pagamento do Governo Federal (CPGF), em fevereiro deste ano.

O requerimento do senador inclui gastos entre 2019 e 2021 e exige dados como nome/CPF do portador, responsável por autorizar o gasto, nome/CNPJ do favorecido, e valor pago.

O Tribunal de Contas da União (TCU) instaurou no início do mês uma investigação para apurar possíveis irregularidades na publicidade e nos gastos feitos por Bolsonaro com o cartão corporativo.

Tags

Autor