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Gabinete paralelo no MEC: Moraes, do STF, manda PGR se manifestar sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF

O ministro do STF abriu prazo para a PGR se manifestar sobre o pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para investigar se Bolsonaro interferiu no inquérito sobre o gabinete paralelo de pastores no MEC e vazou informações ao ex-ministro Milton Ribeiro

Cadastrado por

Amanda Azevedo

Publicado em 28/06/2022 às 23:01 | Atualizado em 28/06/2022 às 23:13
O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o voto de Barroso - Nelson Jr./SCO/STF

Da Estadão Conteúdo 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para investigar se o presidente Jair Bolsonaro (PL) interferiu no inquérito sobre o gabinete paralelo de pastores no Ministério da Educação (MEC) e vazou informações ao ex-ministro Milton Ribeiro.

O parlamentar, que é líder da oposição no Senado, pede a investigação do presidente por indícios dos crimes de violação de sigilo e de obstrução da justiça.

Moraes despachou no inquérito aberto quando o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, pediu exoneração acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal (PF) para blindar familiares e aliados de investigações. O delegado responsável pelo caso concluiu que o presidente agiu nos limites de suas atribuições e não cometeu crime ao promover mudanças em postos de comando na corporação.

A ministra Cármen Lúcia, relatora da investigação sobre o gabinete paralelo, já havia pedido um parecer da PGR sobre a situação do presidente. O caso havia descido para primeira instância depois que Milton Ribeiro deixou o governo e perdeu o foro por prerrogativa de função, mas foi enviado de volta ao STF diante das suspeitas de interferência de Bolsonaro.

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