Eleições 2022

PSB teme presença "menos ativa" de Lula na campanha de Danilo Cabral ao Governo de Pernambuco

Conselho Político da chapa majoritária vai se reunir para fazer os últimos ajustes para realização da convenção da Frente Popular de Pernambuco

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 03/08/2022 às 19:05
Arnaldo Carvalho/Divulgação
Danilo Cabral, pré-candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, e Lula (PT), ex-presidente que tenta voltar ao cargo na eleição deste ano - FOTO: Arnaldo Carvalho/Divulgação
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Enquanto o PT de Pernambuco tenta minimizar os efeitos da quebra de acordo por parte do PSB, ao manter a candidatura do deputado federal Alessandro Molon para o Senado, no Rio de Janeiro, os socialistas pernambucanos estão atentos às consequências que esse embate, e de outros estados, possam acarretar nas campanhas.

Na véspera da convenção da Frente Popular de Pernambuco, que vai oficializar as pré-candidaturas de Danilo Cabral (PSB) para o Governo do Estado, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) para o Senado, e a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) novamente para a vaga de vice, o Conselho Político da chapa majoritária deverá se reunir pela manhã para acertar detalhes do evento e naturalmente tratar de questões relacionadas a campanha eleitoral.

Uma das preocupações levantadas pela sigla, se refere ao nível de engajamento do ex-presidente Lula (PT) em palanques considerados estratégicos para o PSB, caso Molon não desista de concorrer à Câmara Alta.

Uma fonte ligada ao Conselho Político, afirma que existe o temor de uma contra ofensiva do PT, a partir do momento que o PSB deixe o palanque dividido na vaga que caberia apenas ao  presidente estadual da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT), na chapa liderada pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSB), conforme acordado.

“Uma possibilidade é ter uma defesa menos enfática de Lula ao palanque de Danilo Cabral aqui no Estado. Ele ter um nível de participação menos ativa durante a campanha, é algo que pode acontecer, ninguém está descartando esse cenário”, destacou um dos conselheiros, sob reserva.

Isso justifica o fato de Danilo Cabral correr contra o tempo para resolver a situação no estado carioca. O prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), compartilham da mesma postura e também tentam contornar esse racha. 

Na semana passada, o pré-candidato a governador de Pernambuco fez um apelo pela desistência de Molon. “O PSB fez uma aliança nacional com o PT. Os compromissos firmados devem ser cumpridos em todos os estados. No Rio de Janeiro, coube ao PSB indicar o candidato a governador, Marcelo Freixo. E cabe ao PT indicar o senador. Acordo é para ser cumprido”, disparou Danilo Cabral.

No entanto, o presidente do PSB de Pernambuco e pré-candidato a deputado estadual, Sileno Guedes, afirmou não acreditar em impactos negativos na aliança firmada no Estado eque será oficializada nesta sexta-feira (5), no Clube Português, às 15h. “São questões que vão ser resolvidas. Aqui em Pernambuco nós estamos muito animados e toda a Frente Popular está mobilizada e engajada como um todo”, declarou.

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