Eleições 2022

Miguel Coelho tenta tirar do ar notícia sobre investigações da PF contra ele e Justiça não aceita

De acordo com o desembargador eleitoral auxiliar Rogério Fialho Moreira, Miguel não conseguiu comprovar que as informações veiculadas contra ele são inverídicas

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Renata Monteiro

Publicado em 18/08/2022 às 15:24 | Atualizado em 18/08/2022 às 16:48
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Um pedido de liminar feito pelo ex-prefeito de Petrolina e candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, (processo nº 0601726-11.2022.6.17.0000) foi indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) e publicado nesta quinta-feira (18) no mural eletrônico da corte.

Miguel solicitou à Justiça Eleitoral que uma notícia de abril de 2021 do portal G7Bahia fosse retirada do ar. De acordo como site, o hoje ex-gestor estaria sendo investigado pela Polícia Federal "pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, falsidade ideológica e organização criminosa" no âmbito da operação Contrassenso, que apurou irregularidades na oferta de kits escolares distribuídos pela prefeitura de Petrolina entre 2015 e 2020.

A matéria, de título "Miguel Coelho, Prefeito de Petrolina, é investigado por pelo menos cinco crimes", ainda está disponível para visualização.

Na solicitação de liminar, a defesa de Miguel Coelho argumentou que a publicação tem "teor vexatório" e "poder de disseminação extremamente veloz, tendo em vista o notório interesse dos seus opositores políticos em macular a imagem do representante".

Os advogados de Miguel afirmaram, ainda, que as informações publicadas são falsas, visto que "não se tem notícia de qualquer investigação policial em face do representante, que verse sobre os fatos ventilados na publicação supramencionada".

Segundo o agregador de pesquisas JC/ODDSPOINTER, Miguel Coelho tem 9,5% das intenções de voto e está disputando a segunda colocação na corrida eleitoral com Raquel Lyra (PSDB), que tem 12,1% das menções, e Anderson Ferreira (PL), que foi lembrado por 10,5% dos entrevistados. Marília Arraes (SD) lidera a disputa, com 31,8% das intenções de voto.

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Na visão do desembargador eleitoral auxiliar Rogério Fialho Moreira, contudo, a coligação de Miguel Coelho, Pernambuco com a Força de Novo (UB, Podemos, Patriota e PCS), não conseguiu comprovar que as informações veiculadas contra o ex-prefeitos são inverídicas. O magistrado declarou que as provas apresentadas pelos representantes do candidato não dizem respeito especificamente a investigações da Polícia Federal, portanto não desconstroem a matéria.

"Não foi demonstrado pelos representantes qualquer prova de que a reportagem combatida por meio da presente representação é inverídica", disse Moreira, na sua decisão. O desembargador, contudo, registrou que Miguel pode solicitar outras medidas liminares, caso deseje.

A campanha de Miguel Coelho foi procurada pela reportagem para que ele pudesse comentar à decisão, mas até a publicação deste texto ele não encaminhou resposta.

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