Candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho (UB) explicou seus planos com relação à infraestrutura hídrica. Ele foi o penúltimo entrevistado na série de sabatinas da Rádio Jornal com os candidatos ao executivo estadual e foi questionado sobre seus planos para orçamento, caso a concessão da Compesa não ocorra.
Na entrevista, o ex-prefeito de Petrolina voltou a defender a concessão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Ele classifica a empresa como uma das piores do Brasil no ramo de abastecimento e saneamento do Brasil.
Miguel Coelho aponta que a Compesa desperdiça metade da água que produz. "Água não chega porque fica no meio do caminho, nos canos velhos, estragados e estourados. O mesmo com o saneamento, só 18% da população tem acesso a tratamento de esgoto", reclama.
Sobre a concessão, Miguel afirma que a Compesa vai continuar existindo, mas toda a distribuição de água e tratamento de esgoto será concedida para a iniciativa privada.
"Isso vai capitalizar o estado, a outorga é de mais de R$ 12 bilhões, o que entra no caixa do estado para financiar cinco novos hospitais, oito novas maternidades, as duplicações das estradas e, nos próximos 4 anos, acabar com o rodízio e racionamento de água", disse.
Miguel Coelho, porém, foi questionado sobre como pretende cumprir suas propostas caso a concessão da Compesa não dê certo. Nesse sentido, ele aponta que suas apostas estão em outras fontes de receita, apontando otimização de recursos próprio do estado e cogita até financiamento internacional.
"O Estado é inchado, gordo, cobra muito e faz pouco. Ele já tem capacidade de investimento de R$ 1 bi por ano. Com reduções de cargo comissionado e de estrutura e despesas ruins, a gente consegue aumentar a capacidade de investimento", afirmou.
Ainda sobre concessões, cita planos semelhantes para a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), o Porto do Recife, a Arena Pernambuco e estradas, como a BR-232.