Violência

João Gomes no Recife: 'vendemos confusão, anarquia e baderna', diz líder da oposição na Assembleia Legislativa

Show do cantor pernambucano registrou casos de confusão, brigas, arrastões e até mesmo tiros

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 19/08/2022 às 15:37 | Atualizado em 19/08/2022 às 15:46
Registros de confusão durante o show de João Gomes circularam pelas redes sociais - REPRODUÇÃO DE VÍDEO/WHATSAPP

Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Antônio Coelho (União Brasil) criticou, nesta sexta-feira (19), "a omissão e incompetência" da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado diante das cenas de violência que ocorreram durante o show do cantor João Gomes no Marco Zero, esta semana.

Na última quarta-feira (17), o cantor pernambucano gravou um DVD no Barro do Recife, quando foram registrados casos de confusão, brigas, arrastões e até mesmo tiros. De acordo com o parlamentar, a responsabilidade pelo quadro é tanto da gestão municipal quanto da administração estadual.

"É preciso reconhecer a importante iniciativa do cantor João Gomes em optar por gravar seu DVD no Marco Zero. Temos que celebrar iniciativas que valorizem o nosso Recife, particularmente o centro, mas, infelizmente, o que a gente foi vender não tem nada a ver com a beleza do show e da nossa cidade; na verdade, mais uma vez, vendemos confusão, anarquia e baderna", criticou o filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

O deputado também contestou, hoje, declarações de autoridades que disseram que o show não teve custo para a Prefeitura do recife nem para o Estado. "Acho que deveriam perguntar isso para aquelas pessoas que foram assaltadas, agredidas, que tiveram seus celulares e carteiras roubadas. E o que dizer dos quase 70 ônibus que foram depredados antes e depois da festa?", questionou Antônio Coelho.

Segundo o deputado, as deficiências e as falhas graves na política pública de segurança do Estado são a principal fonte da total insegurança que tomou conta de Pernambuco. Como exemplo, ele citou a falta de prestígio da Polícia Militar durante as gestões do governador Paulo Câmara, a estagnação do orçamento da segurança pública e o grave déficit no efetivo de PMs no Estado.

"São elementos que têm repercutido fortemente no péssimo desempenho da segurança pública em todo o nosso estado", opinou. O abandono do Centro do Recife ao longo dos últimos anos também foi apontado como importante contribuinte para o aumento da violência naquela área.

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