Um dia após a histórica derrota para o Governo de Pernambuco, após 16 anos à frente do comando do Palácio do Campo das Princesas, o PSB já iniciou o processo de debate interno para definir que caminho seguirá no segundo turno destas eleições.
Com a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) e a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), ainda na disputa, a expectativa é de que os socialistas devem cravar um posicionamento até a próxima quarta-feira (5).
O deputado federal Danilo Cabral (PSB), que acabou em quarto lugar da corrida eleitoral, com 18,6% dos votos. Na coletiva de imprensa que concedeu, nesse domingo (2), ele afirmou que o foco será pela eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem recebeu apoio a nível estadual.
"Na verdade, estávamos na expectativa de estarmos no segundo turno. Vamos fazer essa discussão de forma fraterna dentro do PSB e com o conjunto da Frente Popular. A partir desse debate, a gente apresenta a nossa alternativa", declarou na ocasião.
"O foco nosso, da Frente Popular é eleger o presidente Lula. Essa é a grande transformação que precisamos fazer hoje no Brasil. O resultado das urnas apontam inclusive a necessidade de reafirmamos nossa unidade, aquilo que é importante para preservar a democracia brasileira", garantiu.
Nos bastidores, o processo de ausculta será feito em conjunto com os partidos que integram a Frente Popular de Pernambuco (PCdoB, PT, PDT, PV, MDB, Republicanos, PP e PDT), no entanto, não deve ser esperado uma unidade entre as agremiações sobre caminharem juntos para um mesmo palanque.
“As análises estão sendo feitas com tranquilidade, o que tem crescido é uma tendência do partido apoiar a ex-prefeita Raquel Lyra, até mesmo pelo ‘jogo de plateia’ que Marília (Arraes) tem feito dizendo que não quer o apoio do PSB de jeito nenhum”, afirmou uma fonte, sob reserva.
Em entrevista à Rádio Jornal, nesta segunda-feira (3), a candidata a governadora do Solidariedade, Marília Arraes, descartou qualquer possibilidade de "se juntar ao PSB".
“Eles estavam, em 2020, culpando o presidente Lula e seu partido de tudo que não prestava. Um ano e meio depois, virou a chave completamente, e isso iria pegar se não tivesse uma candidata que fosse organicamente a defensora do presidente Lula, e não somente dele, mas desse lado que hoje está em jogo no Brasil, principalmente nessa eleição do segundo turno”, declarou Marília.