Após a Executiva Nacional do PDT anunciar, nesta terça-feira (4), que irá apoiar oficialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste segundo turno, tendo o ex-ministro Ciro Gomes confirmando que acompanhará a decisão da sigla, em Pernambuco o partido também está próximo de uma definição.
Os pedetistas estão avaliando se vão apoiar a candidata a governadora e ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), ou a candidata a governadora pelo Solidariedade e deputada federal, Marília Arraes. As conversas, inclusive, já estão ocorrendo na cidade do Agreste.
- Ao vivo: PDT, partido de Ciro Gomes, anuncia se apoia Lula ou Bolsonaro
- Partido de Ciro Gomes anuncia se apoia Lula ou Bolsonaro no segundo turno. Confira
- PDT de Ciro Gomes anuncia apoio a Lula no segundo turno das eleições 2022
- Em vídeo, Ciro Gomes declara apoio: saiba se candidato apoia Lula ou Bolsonaro
Nestas eleições o PDT não conseguiu eleger nenhum representante, tanto para a Câmara dos Deputados quanto para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, repetindo o mesmo resultado negativo das eleições de 2020 quando não elegeu nenhum representante para a Câmara Municipal do Recife.
A nível majoritário, os pedetistas chegaram a conversar com outras candidaturas no campo da oposição ao PSB, a exemplo do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), mas optaram por permanecer na base governista.
Eles também abriram mão de lançar um candidato próprio para consolidar o palanque de Ciro Gomes no Estado, para apoiar o candidato a governador Danilo Cabral (PSB), que no âmbito nacional, apoiou o ex-presidente Lula.
Agora, existe a expectativa de que o partido declare apoio a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB). Vale destacar que o deputado federal e presidente estadual do partido, Wolney Queiroz, e seu pai, o deputado estadual José Queiroz, que não conseguiram se reeleger nestas eleições, fazem parte da oposição a tucana no município.
A candidatura de José Queiroz para a Prefeitura de Caruaru, em 2016, foi o grande estopim para que Raquel Lyra desembarcasse do PSB e se filiasse ao PSDB, já que os socialistas optaram por não apoiar o seu projeto. Naquele ano, Raquel Lyra levou a disputa para o segundo turno, onde venceu com 53,15% dos votos contra o candidato do MDB, Tony Gel.
A decisão de apoiar Raquel Lyra e não a deputada federal Marília Arraes, também casa com a crescente tendência dentro do PSB de declarar apoio a líder tucana. Integrante da Frente Popular de Pernambuco, o PDT também está em conversa com as lideranças socialistas para discutir o assunto.
APOIO A LULA
A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão (PDT), que disputou nesta eleição como deputada federal, mas não conseguiu se eleger, seguiu a determinação do partido e declarou seu apoio no segundo turno ao petista Luís Inácio Lula da Silva.
Isabella reconheceu a “força e resistência de Ciro”, além de reafirmar sua crença no Projeto Nacional de Desenvolvimento. Mas ressaltou que o momento agora é outro. “Trata-se de unir o País para continuar garantindo, inclusive, o nosso direito de divergir e crescer nas diferenças, o que só é possível em uma democracia sólida. É por ela que declaro neste segundo turno o meu apoio ao candidato Lula para presidente do Brasil.”
Isabella de Roldão afirmou que o apoio programático do PDT a Lula se deve por ser o PT o partido que mais se aproxima da linha ideológica do trabalhismo nesta disputa.
“O PDT solicitou também que quatro propostas de Ciro sejam integradas ao programa de governo de Lula: o projeto de renda mínima, o de educação em tempo integral, o programa para zerar dívidas do SPC e a criação do código nacional do trabalhador”, detalhou.