Às pressas, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, atuante na campanha para reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou a imprensa para comunicar que, através de uma auditoria, foi constatado que rádios de todo o Brasil teriam veiculado menos inserções de Jair Bolsonaro (PL) em comparação a Lula (PT), o que pode gerar um desequilíbrio da corrida eleitoral.
As acusações foram mais contundentes a rádios do Nordeste, mas os nomes das empresas contratadas para a auditoria não foram divulgados.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, chamou de "extremamente grave" a acusação feita pela campanha de Jair Bolsonaro de que haveria uma suposta "fraude" na distribuição das propagandas de rádio.
"Em auditoria realizada após uma denúncia, foi levantado que várias rádios publicaram mais inserções do PT do que do presidente Bolsonaro. De 7 a 21 de outubro, após dupla checagem, foi levantado o número de 154 mil inserções a menos para a campanha do Bolsonaro", relatou o ministro.
Apesar de estar com papéis em mãos, Faria não apresentou uma denúncia formal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela fiscalização. Apenas disse ter informado o fato ao ministro Alexandre de Moraes, em conversa informal.
"Essa é uma grave violação do sistema eleitoral! Estamos indignados e estamos tomando as medidas cabíveis junto ao TSE. Nós, que preservamos a democracia e direito de igualdade, queremos uma campanha limpa e justa", reiterou, a menos de uma semana para a votação do segundo turno.