Governadora eleita

'Não sou irresponsável de montar um governo antes de ganhar a eleição', dispara Raquel Lyra

Desde que a tucana venceu a eleição em Pernambuco, informações de que alguns de seus aliados já teriam cargos garantidos na gestão começaram a circular no Estado. A ex-prefeita de Caruaru nega os rumores

Renata Monteiro
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Publicado em 01/11/2022 às 13:20 | Atualizado em 01/11/2022 às 13:24
RENATO RAMOS/JC IMAGEM
Raquel Lyra é governadora eleita de Pernambuco - FOTO: RENATO RAMOS/JC IMAGEM
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Em meio aos rumores de que já teria escolhido possíveis integrantes do seu secretariado a partir de 2023, a governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), afirmou que jamais montaria um governo antes de vencer a eleição. A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (1º), durante entrevista à CBN Recife.

"Nós não montamos secretariado, a gente não negociou nada, em momento nenhum, com ninguém. O processo de transição e da montagem do governo se dará a partir de agora, até porque eu não sou irresponsável de montar um governo antes de ganhar a eleição. Não costumamos fazer isso, nunca fiz. A gente precisa primeiro conquistar o coração do povo e, tendo legitimidade, pensar na constituição de governo. Quem inverte essa lógica, a meu ver, não age da maneira mais adequada", disparou Raquel Lyra.

Na última segunda-feira (31), o governador Paulo Câmara (PSB) nomeou a Comissão de Transição Governamental que vai passar para a equipe da tucana os dados da gestão que se encerra no próximo mês de dezembro. Raquel ainda não anunciou os seus indicados para o processo.

Durante a entrevista de hoje, a ex-prefeita de Caruaru reafirmou que vai procurar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a mandatária eleita, suas prioridades junto ao governo federal serão o destino do Metrô do Recife, o transporte metropolitano, a rodovia Transnordestina e e obras estruturadoras voltadas ao abastecimento de água.

Além de esperar contar com apoio de Lula para tirar essas iniciativas do papel, Raquel diz que pretende caminhar ao lado da bancada pernambucana no Congresso, e que inclusive já foi procurada pelos dois senadores petistas que estarão na Casa Alta a partir de 2023, Humberto Costa e Teresa Leitão, que apoiaram Marília Arraes (Solidariedade) no segundo turno.

"É importante dizer que além de termos contado com o apoio de Jarbas Vasconcelos (no segundo turno), os outros dois senadores já entraram em contato com a gente, tanto o senador Humberto quanto a senadora Teresa Leitão, bem como os deputados federais. Nós temos a lei orçamentária tramitando no Congresso Nacional e queremos manter esse contato para que a gente apresente projetos e que possa haver a destinação de emendas individuais, emendas de bancada e, com isso, possamos trazer dinheiro pra Pernambuco e entregar à população o que ela espera de nós", declarou Raquel Lyra.

Na ocasião, a ex-prefeita de Caruaru também disse que fará um amplo diagnóstico dos contratos em vigor no Estado e das obras que estão paralisadas. O objetivo é a retomada dos projetos, que segundo ela, poderão gerar entregas para a população e milhares de empregos.

"Precisamos fazer um diagnóstico e uma auditoria nos contratos, nas obras que estão paralisadas, inacabadas, nos juntar com o Tribunal de Contas do Estado, com o Ministério Público e compreender a razão dessas paralisações. A partir desse diagnóstico, nós vamos lançar uma agenda estratégica de retomada dessas obras para que a gente possa entregá-las à população e gerar empregos para o povo. A expectativa que a gente tem é que a retomada das obras paralisadas possa gerar em torno de 40 mil empregos diretamente. É uma forma da gente fazer o dinheiro circular em Pernambuco", explicou a tucana.

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