Negociações

MDB quer Simone Tebet em ministério importante no governo Lula; pasta que administra o Auxílio Brasil é a preferida

Aliados da parlamentar afirmam que, para entrar no governo, ela exigiria estar em um ministério com visibilidade, pois deseja voltar a disputar o Palácio do Planalto no futuro

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 04/11/2022 às 10:28 | Atualizado em 04/11/2022 às 10:31
Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, e o presidente Lula - RICARDO STUCKERT

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (4), o MDB deseja que a senadora Simone Tebet, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno do pleito deste ano, tenha um espaço de projeção no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Ministério da Cidadania, responsável pela concessão do Auxílio Brasil, seria o preferido da emedebista.

A pasta foi ocupada pelo deputado federal João Roma (PL) durante parte significativa do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e é responsável por um orçamento bilionário. Aliados da parlamentar afirmam que, para entrar no governo, ela exigiria estar em um ministério com visibilidade, pois deseja voltar a disputar o Palácio do Planalto no futuro.

O nome de Tebet vem sendo cotado para pastas como a da Agricultura, Mulheres ou do Meio Ambiente, mas ela não tem demonstrado interesse pelos espaços. Pessoas próximas a Lula dizem, inclusive, que ela só não será ministra se não quiser.

O MDB, presidido nacionalmente pelo deputado federal Baleia Rossi, já sinalizou que fará parte do governo petista. No início da próxima semana, o dirigente partidário vai indicar um nome para compor a equipe de transição, tornando-se, assim, o primeiro partido de centro para o qual a futura gestão abriu as portas.

Entre os principais cotados para a posição estão o próprio Baleia Rossi, o governador eleito do Pará, Helder Barbalho, e o senador Renan Calheiros (AL). Para oficializar a entrada no governo, além de um espaço para Tebet, o MDB exige de Lula uma plataforma de governo mais sólida, com propostas objetivas sobre o que ele pretende fazer em diversas áreas.

Nos bastidores, comenta-se também que os emedebistas acham que Lula deve trabalhar em uma aliança com o União Brasil e PSD para garantir governabilidade nos próximos anos. A condição para que isso ocorra é que os quatro partidos estejam alinhados com relação à eleição para a presidência da Câmara e do Senado.

Na Casa baixa, Luciano Bivar, que preside o União Brasil, vai disputar contra Arthur Lira (PP), atual presidente da Câmara. "Bivar tem conversas avançadas com o MDB e tenta trazer ainda o PSD para o seu projeto. Em troca, apoiaria a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) no Senado", diz O Globo.

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