A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reconsiderar a decisão que bloqueou as redes sociais da parlamentar e removeu o sigilo do processo. No entanto, o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido.
Segundo informações obtidas pelo portal UOL, consta na decisão do ministro, que a parlamentar bolsonarista fez um vídeo com "nítido interesse na ruptura do Estado Democrático de Direito". Carla Zambelli teria pedido que "os generais de quatro estrelas tomem medidas para fazer valer a incidência do art. 142 da Constituição Federal, sob o argumento de que o processo eleitoral foi fraudado", apontou o ministro STF.
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Alexandre de Moraes chamou atenção para o fato de que mesmo sem acesso aos perfis nas redes sociais, Carla Zambelli "insiste em incentivar atos antidemocráticos em apologia ao crime contra a Democracia" e que, "por essa razão, não há como ser deferida a pretensão de reativação das redes sociais da requerente porque a finalidade dela é desestabilizar as instituições e pugnar por ato criminoso".
Em resposta, de acordo com um vídeo enviado por Carla Zambelli ao portal UOL, de pouco mais de um minuto, a deputada federal bolsonarista chama a decisão de Moraes de "monocrática".
"Bom, como a gente nunca sabe como o Alexandre de Moraes vai interpretar nossos vídeos, esse provavelmente é o último vídeo que eu faço para vocês até que essa situação se reverta de alguma maneira, disse a parlamentar, referindo-se a multa de R$ 20 mil para cada vídeo que fizer, e que seja considerado um eventual atentado contra o Estado Democrático de Direito ou a Justiça Eleitoral.
"Ele mandou bloquear contas aleatórias de apoiadores, pessoas, cidadãos que divulgaram vídeos meus. Ou seja, mais um motivo para eu não publicar e não divulgar vídeos meus porque essas pessoas correm o risco de terem suas contas bloqueadas. Realmente, ele conseguiu. Conseguiu, praticamente, calar uma deputada. Uma deputada mulher, mais votada do Brasil", concluiu Zambelli.