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ORÇAMENTO SECRETO: CONGRESSO adia votação para salvar ORÇAMENTO SECRETO

A proposta prevê que as indicações para essas emendas serão feitas de acordo com o tamanho das bancadas partidiárias

Cadastrado por

Lucas Moraes

Publicado em 15/12/2022 às 16:26 | Atualizado em 15/12/2022 às 17:08
ORÇAMENTO Senador Marcelo Castro é o relator da proposta de Orçamento - Valter JR

Com Estadão Conteúdo

Senadores e deputados adiaram para terça-feira (20) a votação do PRN 3/2022, que aconteceria nesta quinta-feira (15). O projeto acresce normas de transparência e critérios de proporcionalidade e impessoalidade, na sistemática de apresentação de emendas, o chamado orçamento secreto.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI) apresentou nesta quinta-feira (15) relatório favorável ao Projeto de Resolução que tem o objetivo de dar transparência às emendas de relator-geral do Orçamento da União, as emendas RP9, chamadas de orçamento secreto.

O texto (PRN 3/2022) define critérios de distribuição das emendas de relator e pode ser votado na sessão do Congresso marcada para hoje. Castro recomenda a aprovação na forma de um substitutivo. Ele incluiu a destinação de recursos para a educação.

Pelas regras atuais, a decisão sobre repasse das emendas RP9 fica com o próprio relator do Orçamento, sem critérios objetivos. Pela proposta, o relator passará a fazer indicações para a execução das programações cadastradas por parlamentares, que poderão ser fundamentadas em demandas apresentadas por agentes públicos ou por representantes da sociedade civil.

A proposta prevê que as indicações para essas emendas serão feitas de acordo com o tamanho das bancadas partidiárias.

Conforme o projeto, a indicação da verba passará a ser dividida da seguinte forma:

15% para o comando do Senado e da Câmara: 7,5% para a Mesa Diretora de cada Casa;

5% para serem divididos entre o presidente e o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO), e

80% para as indicações dos partidos, de acordo com o tamanho das bancadas: 23,33% para as indicações dos senadores e 56,66% para as indicações dos deputados.

 

Acompanhe votação sobre o orçamento secreto no STF:

 

JULGAMENTO

O projeto de resolução foi apresentado em meio ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade das emendas de relator, que sofrem críticas pela falta de transparência.

Na justificativa da proposta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e os demais membros das duas mesas afirmam que a medida confere transparência e implementa o critério de impessoalidade.

 

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