Uma operação da Polícia Federal contra os líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das maiores organizações criminosas do país, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (22).
De acordo com informações do portal Metrópoles, essa é a facção criminosa que planeja ataques a servidores públicos e autoridades, incluindo o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).
Entre os ataques, estavam passíveis homicídios e extorsão mediante sequestro. A Polícia federal informou que a organização agia em: São Paulo, Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal
QUEM SÃO OS LÍDERES DO PCC ATUALMENTE?
Em fevereiro de 2019, o primeiro e o segundo escalão do PCC foram encaminhados para presídios federais em Rondônia, Rio Grande do Norte e Brasília.
O líder responsável pela cúpula do PCC era Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, mas após sua prisão, o comando da organização criminosa foi repassado.
Atualmente, os líderes do PCC são dois homens que estão foragidos na Bolívia, segundo o Ministério Público: Marcos Roberto de Almeida, 51 anos, ou Tuta, e Valdeci Alves dos Santos, 50 anos, o Colorido.
FUNÇÕES DE TUTA E COLORIDO NO PCC:
De acordo com o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há mais de vinte anos, em entrevista à Rede Record, Tuca e Colorido exercem funções distintas dentro da facção.
“Quando eu falo 'liderar', eu falo 'comando geral', falo 'decisões estratégicas'. Se o PCC, hoje, decidir se unir novamente ao Comando Vermelho, por exemplo, para uma logística maior de tráfico de drogas, essa decisão tem que ser tomada, hoje, pelo Tuta conjuntamente com o Colorido”, revelou o promotor.
“Agora, decisões do dia a dia, tribunal do crime — que são decisões disciplinares —, o andamento normal da organização, aí ela já tem seus setores muito bem divididos e anda independentemente de os chefes estarem soltos, presos, no Brasil ou na Bolívia”, explicou.
Sergio Moro publicou nesta manhã, pelas redes sociais, que se pronunciará sobre o tema na tribuna do Senado, durante o período da tarde.
“Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do Senado.”, divulgou Sergio Moro.