Ainda sem uma marca que simbolize o seu terceiro governo presidencial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou que os cem primeiros dias de gestão foram para executar “o que era inadiável”. E, assim, conseguir criar "bases para um futuro melhor".
Para embasar a fala, o presidente citou a formulação do arcabouço fiscal, "realista e responsável, que mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam no orçamento".
Os argumentos do presidente estão num artigo publicado neste domingo (9/4), no jornal Correio Braziliense, às vésperas de o governo atingir os cem primeiros dias de mandato - completados nesta segunda-feira (10/4).
"Governar é lidar com urgências, ao mesmo tempo em que criamos as bases para um futuro melhor. Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável. Começando pelo necessário, para fazer o possível e alcançar sonhos que hoje podem parecer impossíveis", escreveu Lula, no artigo.
CRÍTICAS À GESTÃO DE JAIR BOSLONARO
Lula ainda retomou críticas da gestão anterior, sob o ex-presidente Jair Bolsonaro, estratégia que vem sendo utilizada com grande força nesses primeiros dias de governo. Segundo o presidente, "os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes", por isso a a necessidade dos termos "reconstrução" e "união".
"Não existem dois Brasis, o Brasil de quem votou em mim e o Brasil de quem votou em outro candidato. Somos uma nação", disse. "Enfrentamos calamidades, dialogamos com prefeitos, governadores, deputados, senadores e sociedade civil. Promovemos a harmonia entre as instituições e a defesa intransigente da democracia e dos direitos humanos", seguiu.
SITUAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA
Na área econômica, Lula citou a formulação do arcabouço fiscal como "realista e responsável" e que "mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam incluídos no orçamento". O texto da proposta econômica, entretanto, ainda não foi entregue ao Congresso Nacional.
Em relação à área internacional, Lula destacou avanços já conquistados nesses cem dias de gestão petista. “O País deixou o triste papel de pária internacional, graças à retomada da nossa política externa ativa e altiva". O presidente já teria, segundo levantamento do jornal Estadão, conversado com 26 chefes de Estado, entre encontros presenciais e telefonemas, desde a sua posse em 1º de janeiro até 31 de março.
"Nos 1.360 dias que temos pela frente, seguiremos firmes na reconstrução de um país mais desenvolvido, justo e soberano, com paz, harmonia e oportunidades para todos. O Brasil voltou", finalizou o presidente.