CPMI

Flávio Dino tem 48 horas para enviar vídeos de 8 de janeiro para CPMI

Arthur Maia disse nesta terça-feira, 1º, que poderia recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar Dino a entregar os vídeos

Cadastrado por

Eduarda Melo

Publicado em 01/08/2023 às 11:52
O ministro da Justiça, Flávio Dino, quer dividir o problema da segurança pública - VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

O deputado federal Arthur Maia (União), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, disse que dará um prazo de 48 horas para que o ministro da Justiça, Flávio Dino, entregue as imagens do circuito interno da pasta, feitas no dia dos ataques golpistas a Brasília às sedes dos Três Poderes da República.

Maia disse nesta terça-feira, 1º, que poderia recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar Dino a entregar os vídeos.

"Vou tomar uma posição intermediária. Vou solicitar, sim, reconsideração ao ministro da Justiça, para que ele apresente as imagens à comissão no prazo de 48 horas. Se assim não agir, já está tomada decisão de fazer solicitação ao STF", anunciou Maia.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SE RECUSOU A ENTREGAR FILMAGENS DO 8 DE JANEIRO

Segundo Arthur Maia, o Ministério da Justiça havia se recusado a entregar as imagens com a justificativa de que são provas utilizadas em inquérito sigiloso sobre os ataques, em andamento no STF.

Na primeira sessão após o recesso parlamentar de julho, as imagens do Ministério da Justiça se tornaram o primeiro assunto debatido pelos parlamentares na CPMI.

Durante a sessão, parlamentares da base do governo defenderam a postura de Dino e se manifestaram contra a utilização de um recurso no STF.

Arthur Maia disse ainda que não poderia aceitar que o comportamento de Flávio Dino, de não atender ao que foi solicitado pela comissão.

"Até pela obrigação que eu tenho, como presidente deste colegiado, de manter a integridade, a autoridade deste colegiado, eu não posso aceitar que as partes que sejam objeto de determinado requerimento simplesmente tenham o direito de dizer: 'Eu não vou atender'", disse.

"Até porque se isso for feito, se nós adotarmos e aceitarmos passivamente esse tipo de comportamento, esta CPMI está fadada, mais que ao fracasso, está condenada ao ridículo", completou o deputado.

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