Na manhã desta quarta-feira (9), foi preso preventivamente o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.
Segundo informações do G1, a prisão aconteceu em Florianópolis, em operação que investiga interferência no segundo turno das eleições do ano passado.
Em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal e no Rio Grande do Norte ainda existem mandados de busca e apreensão contra diretores da PRF durante a gestão de Silvinei Vasques.
De acordo com informações do G1, no entanto, não há mandados de prisão contra eles.
Existe a suspeita de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou as blitzes no Nordeste - região onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva possui maior quantidade de votos -, em 30 de outubro, para interferir e dificultar o transporte dos eleitores.
Segundo informações da Agência Brasil, o Ministério Público Federal pediu para que a Polícia Federal instaurasse um inquérito para investigar a conduta de Silvinei Vasques, o então diretor-geral da PRF.
Em depoimento recente à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Golpe (CPMI), Silvinei Vasques negou que a Polícia Rodoviária Federal tenha direcionado ações para atrapalhar as eleições de 2022 na Região Nordeste.
"O que se falou muito é que a PRF, no segundo turno da eleição, direcionou a sua fiscalização para o Nordeste brasileiro. Isso não é verdade", disse o ex-diretor-geral da PRF.
"Não é verdade porque o Nordeste é o local onde temos nove estados, nove superintendências, temos a maior estrutura da PRF no Brasil, a maior quantidade de unidades da PRF. Nos estados do Nordeste é onde se encontra hoje, lotado, o maior número de efetivos da instituição e é a região brasileira onde está a maior malha viária de rodovias federais", acrescentou Silvinei Vasques.
Vasques ainda disse que "o Nordeste é onde, infelizmente nas últimas cinco eleições, foram feitas as maiores quantidades de prisões acerca de crimes eleitorais", no intuito de justificar as ações na região.
As informações são da Agência Brasil.