A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se tornou ré no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta, 18, pelas acusações de porte ilegal de arma de fogo durante uma perseguição a um homem no centro de São Paulo em outubro do ano passado.
A Suprema Corte formou maioria dos votos para tornar a parlamentar. Votaram a favor da ação: Gilmar Mendes (relator), Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
"Ainda que a arguida tenha porte de arma, o uso fora dos limites da defesa pessoal, em contexto público e ostensivo, ainda mais às vésperas das eleições, em tese, pode significar responsabilidade penal", disse o ministro Gilmar, durante voto.
O julgamento do Supremo foi iniciado no último dia 11 e vai até o dia 21 de agosto, em plenário virtual.
Caso não haja nenhum pedido de vista, a deputada pode ser presa, com pena que varia de dois a quatro anos, além de multa.
PORTE ILEGAL DE ARMA
Gilmar Mendes havia suspendido o porte de armas da deputada em dezembro de 2022, dando 48h para que Zambelli entregasse a arma.
Na ocasião, a deputada foi flagrada com a arma em punho e o vídeo viralizou na internet. Confira abaixo:
A defesa de Zambelli, na época, alegou "legítima defesa":
"apoiadores do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, teriam passado a ofendê-la com xingamentos e palavras de baixo calão, e dizendo que 'amanhã é Lula', circunstância que lhe fez sacar a arma de fogo e apontá-la em direção a Luan Araujo em legítima defesa de sua honra".