"Repetir o passado, só garante os mesmos resultados e isso a população está cansada", diz Miguel Coelho sobre gestão de Raquel Lyra

O ex-prefeito de Petrolina e ex-candidato do governo do Estado, Miguel Coelho (União), voltou a realizar lives em suas redes sociais neste mês de outubro. Durante esse primeiro ao vivo após quase um ano, o advogado falou sobre as eleições passada e futuras e sobre o governo Raquel Lyra (PSDB).  

No segundo turno das eleições em 2022, Miguel escolheu apoiar a tucana, mas ultimamente tem travado diversas críticas a gestão da política. 

Na live 9 de outubro, Coelho falou sobre o funcionamento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a segurança do Estado, chamando atenção para os caminhos o governo de Pernambuco deveria seguir.

No dia 18 de outubro alvo da análise foi o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em matéria publicada pelo Blog do Jamildo estão informações do imposto que mostram Pernambuco como segundo maior ICMS do Brasil em 2024. O reajuste da alíquota de arrecadação do ICMS subirá de 18% para 20,5% no próximo ano. De acordo com ranking divulgado pelo jornal O Globo no dia 16 de outubro, o Piauí e Roraima cobrarão 21%.

Com base nos dados e print da reportagem, o ex-prefeito de Petrolina travou sua opinião em uma publicação nas redes sociais. No texto Miguel Coelho, afirmou que o aumento do imposto pode resultar em impactos na economia local e na taxa de desemprego.

“Mais uma medida que vem afetar ainda mais os pernambucanos que já enfrentam uma das maiores taxas de desemprego do país e um baixo rendimento médio. Lamentável”, disse.

Confira entrevista com Miguel Coelho 

Miguel Coelho, nasceu no Recife, atualmente tem 33 anos de idade e é advogado de formação. Nas eleições de 2014, eleito  o deputado estadual mais jovem de Pernambuco, com55 mil votos. Já 2016, foi eleito prefeito de Petrolina e em 2020 foi reeleito com a maior votação da história do munícipio. Em 2022 renunciou o cargo para concorrer ao governo de Pernambuco, recebendo 884.941 votos, equivalente a 18,04% do total de votos válidos, ficando em 5º lugar no primeiro turno. 

Para as eleições de 2024 o ex-prefeito de Petrolina, afirmou que irá apoiar Simão Durando (União), para prefeito de Petrolina. Durando era o vice da chapa de Miguel e assumiu a gestão do município, após a saída de Coelho para participar do pleito de 2022. 

PINGPONG

A retomada das lives no seu Instagram está ocorrendo como preparação para as eleições de 2024?

"Utilizamos as lives desde 2014 como forma de aproximação com a população e também prestação de contas durante os mandatos, isso criou uma identidade muito forte nas nossas redes. É Natural que após um tempo reservado, voltasse a utilizar esses meios".

Seus seguidores estavam sentindo falta da sua interação por meio das lives?

"Sim, recebíamos constantemente os pedidos de lives e também de materiais com nossos posicionamentos a respeito de diversos temas".

Quais os seus planos para as eleições de 2024? Como será em Petrolina, você continua com o apoio Simão Durando?

"Fortalecer o nosso grupo político, através das eleições dos nossos candidatos a prefeitos, vices e vereadores. Sim, com certeza meu candidato será Simão".

Como o você avalia o governo de Raquel Lyra? Quais coisas você acredita que poderiam ser acrescentadas para melhorias da gestão estadual?

"Acredito que durante esse primeiro ano, a população deu o benefício da dúvida à gestão estadual, porém com o tempo as cobranças irão aumentar, o que obrigará o governo a sair da narrativa para as entregas prometidas durante a campanha". 

Na sua opinião quais coisas poderiam ser acrescentadas para melhorias da gestão estadual?

"Pernambuco passa por diversos problemas e desafios, não são fáceis, mas não são impossíveis. Precisa delegar, juntar e inovar nas decisões e metodologias. Repetir o passado, só garante os mesmos resultados e isso a população está cansada. Olhe para a saúde, transporte, água e esgoto, segurança e impostos, para não me estender. Defendemos um amplo, robusto e ousado plano de governo durante nossa campanha, ele é um bom norte. Mas cabe a quem está na cadeira tomar as decisões que julgar melhor".

Nas suas campanhas você falava sobre a concessão da Compesa, na gestão atual isso não ocorreu até o momento, o deveria ser feito hoje na sua opinião?

"Defendo a parceria privada seja por meio de concessão ou PPP. Claramente, a Compesa é incapaz de fazer o básico, que é entregar água e tratar esgotos, os dados comprovam. Além disso, a mesma não tem capacidade financeira para atender às demandas de investimentos".

Outro ponto sempre mencionado por você é a segurança no Estado, quais as medidas, você acredita que já deveriam ter sido tomadas pelo governo Raquel Lyra?

"Até o momento não vimos um plano efetivo de ações e projetos estruturantes. Temos uma tropa desmotivada, desvalorizada e de mãos atadas para tentar fazer o seu trabalho. Segurança é amplo, precisa de prevenção, integração e repressão de forma coordenada e assertiva".

Como você avalia sua aliança com o prefeito do Recife, João Campos?

"Sim, deixamos isso muito clara essa aliança na posse do deputado Antonio Coelho, como secretário de Turismo do Recife. Foi de comum acordo, ele tem preparo, tem mérito e tem a confiança de todos do nosso grupo para ajudar a fortalecer essa aliança que estamos forjando".