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Lula e Santiago Peña adiam discussão sobre tarifa de Itaipu

O impasse se arrasta desde agosto e levou o Paraguai a bloquear a aprovação do orçamento de 2024 da empresa

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Estadão Conteúdo

Publicado em 15/01/2024 às 21:14
Peña afirmou que deseja receber a visita de Lula, mas pretende voltar ao País muitas vezes
Peña afirmou que deseja receber a visita de Lula, mas pretende voltar ao País muitas vezes - MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Terminou sem acordo a reunião entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Santiago Peña, nesta segunda-feira (15) em Brasília sobre a revisão das condições financeiras de venda da energia gerada pela usina de Itaipu. Após reunirem-se por quase cinco horas no Palácio Itamaraty, Lula reconheceu as divergências, afirmou que o assunto será rediscutido e prometeu buscar uma solução rápida em reuniões futuras.

IMPASSE SOBRE TARIFA

O impasse se arrasta desde agosto e levou o Paraguai a bloquear a aprovação do orçamento de 2024 da empresa, o que provocou problemas para que Itaipu honrasse os pagamentos em dia. Os atrasos pressionaram politicamente os presidentes a realizar a reunião.

Assinado em 1973 pelos governos militares, o Tratado de Itaipu estabeleceu as bases para a construção, operação e pagamento da dívida contraída para financiar a obra da usina. O Anexo C trata dos termos financeiros. Cada país ficou com metade da energia gerada, mas o Brasil compra, com exclusividade, do Paraguai mais 30%, pelo mesmo valor. "Estamos dispostos a encontrar uma solução conjuntamente e nos próximos dias vamos voltar a fazer uma reunião", disse Lula.

LULA NO PARAGUAI

Peña afirmou que deseja receber a visita de Lula, mas pretende voltar ao País muitas vezes e conversar com toda a classe política para "mudar a visão que o Brasil tem do Paraguai".

Após 50 anos, a dívida total de US$ 63,5 bilhões foi quitada em fevereiro. E o acordo previa que, em 13 de agosto, venceriam as condições do Anexo C, que poderiam ser mantidas ou renegociadas. O Paraguai defende que o excedente possa ser comercializado com outros países e argumenta que o Brasil paga muito barato pela energia excedente.

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