O presidente do União Brasil, o advogado Antonio de Rueda, afirmou ontem que o partido decidiu expulsar o deputado federal Chiquinho Brazão. O parlamentar foi preso por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, o que ele nega.
A previsão inicial era de que o encontro fosse amanhã, mas integrantes da sigla decidiram resolver o caso o mais rapidamente possível. A expulsão tem pouco efeito prático para Chiquinho, mas ajuda o União Brasil, que está em crise, a tentar se afastar de outro problema envolvendo um de seus integrantes.
"Essa é a ideia", respondeu Rueda ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A legenda ressaltou, em nota, que Brazão já havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar e que ele "não mantinha relacionamento" com o partido.
-
Marielle: Primeira Turma do STF forma maioria para manter prisão de suspeitos -
Motivação da morte de Marielle envolve questão fundiária e milícia -
Suspeitos de mandar matar Marielle chegam a Brasília e vão para presídio federal -
Caso Marielle: relação com agentes públicos é alarmante, diz Anistia -
Mãe de Marielle descarta disputa por território no Rio como motivação para assassinato -
"O estatuto do partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência", dizia o texto.
Divergência
No PT, enquanto a presidente nacional, Gleisi Hoffmann, comemorou as prisões, afirmando que foi um crime que envolveu violência de gênero e cujas investigações acentuaram a relevância do papel do Supremo Tribunal Federal (STF), o vice-presidente da sigla se disse surpreso. Deputado federal, Washington Quaquá afirmou que ainda não está plenamente convencido de que Domingos Brazão se envolveu no assassinato da vereadora.