CRIME

Dois suspeitos de planejar assassinato de Sergio Moro são mortos na prisão

As mortes por "esfaqueamento" ocorreram na segunda-feira (17) em uma prisão de Presidente Venceslau, a cerca de 650 km de São Paulo

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AFP

Publicado em 18/06/2024 às 21:49
Dois suspeitos de planejar assassinato de Sergio Moro são mortos na prisão - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dois presos acusados de estarem envolvidos em um plano para matar o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro foram assassinados com arma branca, anunciaram nesta terça-feira (18) as autoridades carcerárias.

"Três custodiados assumiram a autoria e um quarto é investigado pela Polícia Civil" pelas mortes de Janeferson Aparecido Mariano, o "Nefo", e Reginaldo Oliveira Souza, conhecido como "Rê", disse a Secretaria da Administração Penitenciária do estado de São Paulo em um comunicado.

As mortes por "esfaqueamento" ocorreram na segunda-feira (17) em uma prisão de Presidente Venceslau, a cerca de 650 km de São Paulo.

Os dois indivíduos foram detidos em março de 2023 no âmbito de uma ampla operação policial contra uma organização criminosa que pretendia atacar e assassinar figuras políticas. Nove pessoas foram presas.

Fontes da Polícia Federal confirmaram então à AFP que o senador Sergio Moro (União-PR), que foi ministro da Justiça durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, era um dos principais alvos dos criminosos. Essa quadrilha está ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções criminosas do Brasil.

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Em 2019, quando era ministro da Justiça, Moro autorizou a transferência de Marcos Willian Herbas, conhecido como "Marcola" - chefe do PCC - e outros 21 membros da organização para presídios de segurança máxima.

Um promotor responsável pelo caso disse ao site G1 que o duplo homicídio na prisão poderia ter sido perpetrado para "apagar provas" dos planos de assassinatos.

Como juiz, Sergio Moro ganhou notoriedade por seu papel na mega operação anticorrupção Lava Jato, que acabou conduzindo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão por 580 dias, entre abril de 2018 e novembro de 2019.

Isso deixou Lula fora das eleições de 2018, que foram vencidas por Bolsonaro.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações contra Lula, considerando que o juiz Moro havia sido "parcial".

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