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Em dia de sabatinas, Dani Portela discute propostas e critica gestão João Campos: "Em Recife, agora tem que ter hora para adoecer"

Candidata do PSOL à Prefeitura do Recife criticou atuação da atual gestão municipal em temas como saúde, educação, moradia e segurança pública

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Pedro Beija

Publicado em 26/08/2024 às 20:11
Dani Portela (PSOL), candidata à Prefeitura do Recife - João Penna/Equipe Dani Portela

A candidata a prefeita do Recife Dani Portela (PSOL) cumpriu agenda nesta segunda-feira, 26, com duas sabatinas, para a Rádio Maranata e o Blog de Jamildo, onde discutiu propostas e fez críticas à atual gestão da Prefeitura.

Entre os temas discutidos, Dani criticou a atuação da gestão do candidato à reeleição João Campos (PSB) nas pautas de saúde, educação e moradia. A candidata do PSOL enfatizou o desejo de querer ser prefeita do Recife.

“Eu quero ser Prefeita do Recife porque desejo uma cidade boa para todo mundo. Hoje, a cidade não tem sido boa para algumas pessoas, em especial para população mais pobre”, disse.

Ainda falando sobre sua motivação para concorrer à Prefeitura do Recife, Dani enfatizou o déficit habitacional da cidade, o qual destacou ser o maior do país.

“Recife não tem sido boa no campo da moradia, saúde e educação. Hoje, temos a cidade com maior déficit habitacional do Brasil, mais de 71 mil famílias não têm onde morar.”, afirmou.

Saúde

Dani aproveitou o tema para denunciar falhas no serviço de saúde prestado pela atual gestão, como no caso do ampliamento do horário de atendimento, que, segundo a candidata, não resultou em aumento de atendimentos, gerando rodízio de atendimento em diversos bairros da cidade.

“A saúde é uma pauta que a gente escuta muitas reivindicações por onde andamos. Por mais que se amplie o horário de atendimento, ainda não resolve. Antes, a pessoa ia ao posto de saúde perto da sua casa e era atendida em qualquer horário, dentro do horário estabelecido de funcionamento. Mas agora tem acontecido rodízio: no horário das 7h às 14h, são atendidos os bairros A e B, das 14h às 19h, demais bairros”, destacou.

“Então, se a pessoa sentir-se mal fora do horário de atendimento do seu bairro, ela não poderá ser atendida perto da sua casa. Eu tenho escutado a população dizer que, em Recife, agora tem que ter hora para adoecer”, completou.

Educação

A candidata do PSOL destacou a educação como prioridade dentre as pautas defendidas, aproveitando o tema para criticar a atuação da gestão municipal na implementação das parcerias público-privadas (PPPs) na rede municipal de ensino.

“Tem se falado em creches investindo na construção de prédios ou no modelo de parceria público-privada. É dinheiro público da educação sendo entregue à iniciativa privada para aumentar esse número de vagas. Muitos desses prédios estão lá, mas eu venho dizendo que o prédio sozinho não cuida de ninguém.

Dani enfatizou a necessidade de investimento em profissionais de educação e demais serviços que garantam o funcionamento das unidades.

“É preciso investir nos profissionais de educação, nas professoras e professores, agentes escolares de educação especial, agentes de educação infantil, merendeiras, porteiros, toda uma comunidade escolar que na prática não se tem investimento em quem pisa no chão da escola”, disse.

Segurança pública

No tema, Dani desvalorizou a necessidade de armamento da Guarda Municipal, sugerindo que o enfoque seja em equipar e qualificar o efetivo, destacando sua participação na frente parlamentar em defesa da Guarda Municipal, quando vereadora do Recife.

"O discurso de armar é fácil, mas hoje temos uma guarda com o pior salário do país, que é extremamente precarizada. Esses guardas hoje não têm banheiro, onde tomar um copo d'água e nem onde se alimentar. Uma Guarda mal estruturada. A Guarda Municipal do Recife possui armamentos não letais e dia desses esses armamentos estavam faltando nos depósitos”

A candidata do PSOL voltou a criticar a atual gestão, destacando o investimento de R$ 40 milhões em propaganda, enquanto R$ 7 milhões foram para a segurança pública.

“A insegurança no Recife também é fruto das escolhas do Prefeito. O valor que a atual gestão tinha disponível para investir em segurança pública era de 16 milhões e foi investido apenas 7 milhões. Em compensação, o prefeito escolheu gastar 40 milhões em publicidade e propaganda”, destacou.

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Mobilidade urbana

Dani apresentou como proposta a implantação da Tarifa Zero Progressiva, com passe livre para a população de 18 a 29 anos, referente ao maior percentual de desempregados da cidade.

"Porque pagar quase 10 reais para ir e voltar a procura de emprego, para quem não está recebendo nada, esse valor faz uma grande diferença no final do mês. Muitos podem falar sobre o uso da bicicleta, mas quem mora na periferia não tem ciclofaixa ou nem vai para uma entrevista de emprego de bicicleta”, disse.

Em vídeo, Dani Portela (PSOL) diz por que quer governar o Recife

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