Humberto Costa diz que não há acordo firmado para 2026 e não descarta candidatura própria do PT ao governo

Em entrevista à Rádio Jornal, petista também revelou que deverá ser o segundo vice-presidente do Senado a partir do próximo ano, com nova composição

Publicado em 24/12/2024 às 13:11
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O senador Humberto Costa (PT) afirmou que a prioridade do Partido dos Trabalhadores em 2026 será eleger dois senadores no estado, mas não descartou a possibilidade de uma candidatura própria ao governo de Pernambuco. A declaração foi dada em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta terça-feira (24).

"As candidaturas ao governo, para que nós possamos apoiar, têm que ter um compromisso concreto com a candidatura do presidente da República e com sua reeleição. Vamos fazer essa avaliação. Em Pernambuco, acho que o natural é termos a candidatura ao Senado, mas se for necessário, o PT também poderia disputar com algum nome o governo de Pernambuco", declarou o petista.

Ele também apontou que não há compromisso firmado com uma possível candidatura de João Campos (PSB) ao governo, mesmo com a manutenção de secretarias indicadas pelo PT na nova gestão do socialista.

Segundo o senador, a manutenção dos postos na gestão municipal é natural, uma vez que o partido participou da gestão e apoiou a candidatura de João Campos à reeleição.

"Temos uma relação de muito tempo com o PSB, mas o fato de estarmos continuando na prefeitura não quer dizer que a priori já há um compromisso em relação a 2026. Até porque nós vamos ter uma renovação na direção do partido, não sabemos qual vai ser a maioria que vai assumir o partido, nem o que ela pensa sobre essa questão da sucessão estadual. Vamos ter a campanha do presidente Lula e as aliança que vão ser feitas nacionalmente, e que também tem repercussão nos estados", explicou.

Lula e Congresso

Costa também detalhou que o plano do presidente Lula para 2026 é intensificar as eleições dos partidos aliados no Congresso, mesmo que o número de governadores eleitos não seja elevado.

"O presidente sempre diz que ele prefere ter um senador a ter cinco governadores. O presidente ter uma boa relação e apoio politico dos governadores é uma decorrência natural, mas dentro do parlamento as decisões que são tomadas dependem de uma correlação de forças", explicou Humberto.

Na visão do senador, a bancada na Câmara é diminuta, e há o risco de perder ainda mais espaço para a extrema-direita.

"O movimento que vamos fazer é em relação à base aliada. O mais racional é que procuremos entre os partidos que estão na base de apoio, alianças políticas. Na região Norte, por exemplo, cada estado também tem dois senadores, e não podemos permitir que a extrema direita faça dois senadores nesses estados", detalhou.

Vice-presidência do Senado

Ainda na entrevista, Humberto Costa confirmou os rumores e afirmou que deverá assumir a segunda vice-presidência do Senado a partir do ano que vem, na nova composição da Mesa Diretora, que terá Hugo Motta (Republicanos) na presidência.

"Provavelmente assumirei a segunda vice-presidência do Senado. Concluí meu trabalho na comissão de Assuntos Sociais, já fui líder do PT várias vezes, e não passei pela experiência de ser integrante da mesa. Tudo indica que no Senado, serei o segundo vice", revelou, descartando assumir outra posição dentro da direção do PT.

"Também já ocupei varias funções no partido, fui vice-presidente, presidente do PT estadual. A gente precisa ir para um processo de renovação, mas a minha prioridade nos próximos dois anos é preparar minha reeleição e contribuir com crescimento do partido no Senado e na Câmara", concluiu o senador. 

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