Eleições 2020

Humberto Costa rechaça convite de Marília Arraes para coordenar sua campanha na eleição do Recife

Grupo de Humberto Costa ainda tenta reverter a decisão do Diretório Nacional do PT de ter candidatura própria no Recife nas eleições deste ano, para manter aliança com PSB

Luisa Farias
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Luisa Farias
Publicado em 28/07/2020 às 12:02
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Humberto Costa e Marília Arraes na campanha de 2016 - FOTO: DIVULGAÇÃO
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Convidado publicamente por Marília Arraes (PT) para coordenar sua a campanha para a Prefeitura do Recife, o senador Humberto Costa (PT) disse não poder externar uma posição sobre o convite por uma série de fatores, sobretudo porque o seu grupo ainda tenta reverter a decisão do Diretório Nacional do PT de ter candidatura própria no Recife nas eleições deste ano.  

"Estamos aguardando a reunião do Diretório Nacional para saber se ele vai colocar esse ponto em pauta ou não e vamos lá defender a ideia de que é necessário fazer a frente", disse o petista, em referência à aliança entre PT e PSB no âmbito da Frente Popular de Pernambuco, liderada pelos socialistas. 

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Humberto lidera o grupo que defende a manutenção da aliança dos dois partidos, retomada nas eleições de 2018. Marília tentou disputar o Governo de Pernambuco contra Paulo Câmara (PSB), mas teve a sua candidatura rifada em nome de um acordo nacional entre as siglas. Agora, ela é pré-candidata no Recife, com o aval do Diretório Nacional, mas com a resistência dos dirigentes estaduais e municipais do partido. 

No domingo (26), o Diretório Estadual do PT decidiu, com o apoio de 35 dos 45 votantes, referendar a posição do diretório do PT no Recife contrária a candidatura própria na capital pernambucana.  

Humberto Costa também criticou a forma como o convite foi feito por Marília, publicamente e sem conversa prévia. "Essas coisas não se fazem dessa maneira pelos jornais, há muito tempo que eu não converso com ela para ter esse tipo de posição", disse. 

Humberto acrescenta que participa do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) nacional e está responsável por acompanhar as articulações para as eleições municipais nos estados de Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte. "Não vou me comprometer a uma campanha. Não é que eu esteja ou não participando, é que o partido esteja. Ela tem que dirigir uma proposta para o partido", cravou o senador. 

Petrolina

Em Petrolina, no sertão do estado, o então pré-candidato do PSB, Lucas Ramos, desistiu da sua candidatura ao aceitar o convite do governador Paulo Câmara (PSB) para assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Caso se concretize, o movimento poderia facilitar o apoio do PSB ao candidato do PT na cidade, Odacy Amorim (PT), ex-prefeito, que até recentemente presidia o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).  

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"Lá em Petrolina tem que se ter um entendimento mais amplo. Porque se tiver mais de uma candidatura de oposição, pode haver segundo turno, então teria que ter um entendimento entre PT, PSB, PSD, PCdoB, para se tentar produzir daí duas candidaturas, uma que seria a do ex-prefeito Júlio Lóssio e uma de Odacy", avaliou Humberto. 

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