APP é a sigla de afasia progressiva primária, síndrome contra a qual lutava Alicinha Cavalcanti, promoter que faleceu nesta segunda-feira (2). De acordo com a jornalista e apresentadora Marília Gabriela, que era muito amiga da promotora de festas e eventos, a síndrome rara foi o que levou à morte. Ela teria sido diagnosticada com a doença em 2015.
Afasia progressiva primária é uma síndrome neurodegenerativa, considerada rara, que acomete a parte frontotemporal do cérebro. A pessoa apresenta a perda progressiva e predominante da linguagem. Em geral, a APP ocorre entre os 45 e 65 anos. Não há cura e nenhum medicamento específico. Há remédios apenas para controlar os sintomas, e atividades de reabilitação, como fisioterapia e fonoaudiologia, são paliativas.
Ao UOL, o neurocirurgião Danillo Vilela, mestre em Ciências pela USP, explicou que ninguém morre de demência, e sim das complicações. "Com a progressão do quadro demencial, a pessoa vai perdendo a capacidade de autocuidado. Ela precisa da sonda de alimentação, fica acamada e tudo isso aumenta risco de processo de infecção e, consequentemente, do comprometimento de alguns órgãos."