O que é o Feminejo, movimento liderado por Marilia Mendonça na música?
Cantora faleceu nesta sexta-feira, vítima de acidente aéreo
Em meados da década passada, novas e femininas vozes começaram a avançar na música sertaneja, área até então dominada por tons, figuras e temáticas masculinas. Trata-se não apenas de uma tendência, mas de um movimento batizado de "Feminejo", que teve Marilia Mendonça como uma das suas principais representantes. A cantora faleceu nesta sexta, cinco de novembro, vítima de um acidente aéreo.
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A "sofrência", claro, estava presente. Mas entre as lágrimas e lamentações da vida amorosa Marília Mendonça e duplas como Maiara & Maraisa e Simone & Simaria começaram a promover o empoderamento feminino em suas letras.
Em 2016, ela ganhou fama com os hits Infiel e Eu sei de cor, onde cantava sem medo de julgamento. O último álbum lançado por Marilia, inclusive, tinha o nome Patroas 35%, e foi gravado junto com Maiara e Maraísa.
Questionada pela Folha de São Paulo sobre ser vista como uma das percussoras do Feminejo, ela comentou: "Sou mulher, me depilo, cuido da minha casa, então vão tirar minha carteira de feminista. (...) Mas a base do movimento, de que a mulher pode ser o que ela quiser, é essa bandeira que eu levanto. Não a modinha."
Antes dessa geração, porém, nomes como Roberta Miranda, Sula Miranda e as irmãs Galvão abriram espaço para que novas vozes femininas ocupassem o posto de mais ouvidas no Brasil.
Marilia Mendonça
Conhecida por seus grandes hits da sofrência, como "Infiel" e "De Quem é a Culpa", Marilia Mendonça nasceu em Cristianópolis, Goias. Aos 26 anos, era mãe de Léo Dias Mendonça, que completa 2 anos em dezembro, fruto do seu relacionamento com o ex-marido Murilo Huff. Também foi uma das percussoras da vertente feminina do sertanejo, antes dominado somente por homens.