O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação criminal contra Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, após defender a criação de um partido nazista reconhecido pela lei brasileira.
O inquérito, aberto nesta quarta-feira (9), está sob responsabilidade do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) e investiga apologia ao nazismo no programa Flow Podcast.
Além de verbalizar que deveria existir um partido nazista no Brasil, Monark também defendeu o “direito” de um indivíduo ser “anti-judeu”.
O programa, que contava com a participação dos deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), foi exibido na segunda-feira (7) à noite.
Na terça-feira (8) o vídeo do programa passou a circular nas redes sociais e ser alvo de críticas e notas de repúdio de celebridades e instituições judaicas do País.
Após pressão do público e dos patrocinadores, Monark foi desligado de sua função como apresentador dos Estúdios Flow, produtora do podcast em questão, mas continua como sócio da empresa.
De acordo com o MPSP, o conteúdo tem caráter racista e antissemita “inquestionável”. Os promotores Anna Trotta Yaryd e Lucas Martins Bergamini, que assinam a portaria de abertura do inquérito, querem ouvir Monark sobre as declarações em até 30 dias.
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) foi notificada para a abertura de um inquérito policial.
Além disso, o órgão pediu que os Estúdios Flow enviem os “atos constitutivos da empresa”, da qual Monark é um dos sócios, mas deve deixar a posição em breve, já que Igor Coelho, também sócio da produtora, disse que a parte do colega deve ser comprada.