INVESTIGAÇÃO

Ministério Público abre investigação criminal contra Monark após falas com apologia ao nazismo

Monark deverá prestar depoimento ao Ministério Público dentro de 30 dias

Cadastrado por

Lívia Maria

Publicado em 09/02/2022 às 21:01 | Atualizado em 20/04/2022 às 17:05
Monark era um dos apresentadores do Flow Podcast - DIVULGAÇÃO

O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação criminal contra Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, após defender a criação de um partido nazista reconhecido pela lei brasileira.

O inquérito, aberto nesta quarta-feira (9), está sob responsabilidade do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) e investiga apologia ao nazismo no programa Flow Podcast.

Além de verbalizar que deveria existir um partido nazista no Brasil, Monark também defendeu o “direito” de um indivíduo ser “anti-judeu”.

O programa, que contava com a participação dos deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), foi exibido na segunda-feira (7) à noite.

Na terça-feira (8) o vídeo do programa passou a circular nas redes sociais e ser alvo de críticas e notas de repúdio de celebridades e instituições judaicas do País.

Após pressão do público e dos patrocinadores, Monark foi desligado de sua função como apresentador dos Estúdios Flow, produtora do podcast em questão, mas continua como sócio da empresa.

De acordo com o MPSP, o conteúdo tem caráter racista e antissemita “inquestionável”. Os promotores Anna Trotta Yaryd e Lucas Martins Bergamini, que assinam a portaria de abertura do inquérito, querem ouvir Monark sobre as declarações em até 30 dias.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) foi notificada para a abertura de um inquérito policial.

Além disso, o órgão pediu que os Estúdios Flow enviem os “atos constitutivos da empresa”, da qual Monark é um dos sócios, mas deve deixar a posição em breve, já que Igor Coelho, também sócio da produtora, disse que a parte do colega deve ser comprada.

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