A banda Ave Sangria volta ao Recife neste domingo (22) para se apresentar no Teatro Parque, às 18h. Os dois integrantes mais antigos Almir de Oliveira e Marco Polo prometem uma homenagem ao ex-parceiro e guitarrista da banda, Paulo Rafael, que faleceu no ano passado.
A Ave Sangria é composta ainda por Juliano Holanda, Gilú Amaral, Júnior do Jarro e Breno Lira. Em uma noite de muita psicodelia e rock in roll, o repertório do show contará com um mix de canções do primeiro disco e também do último, "Vendavais". Os ingressos custam R$ 35 (meia) e R$ 70 (inteira) e estão à venda no site Sympla.
Com letras instigantes, melodias criativas, arranjos elaborados, batidas pulsantes e arrebatadores solos de guitarra, a Ave Sangria se consagrou como uma das melhores bandas de rock psicodélico do Brasil em todos os tempos.
Desde quando surgiu, ainda nos anos 1970, a banda, que faz a fusão do rock pesado internacional com os ritmos nordestinos, foi chamada pela imprensa de “os Rolling Stones do Nordeste”, pela força de suas apresentações.
Inicialmente integrada por Marco Polo (vocal), Ivinho (guitarra solo), Paulo Rafael (guitarra base), Almir de Oliveira (baixo), Agrício “Juliano” Noya (percussão) e Israel Semente (bateria), a banda começou com o nome Tamarineira Village, uma alusão ao Greenwich Village de Nova York, à Vila dos Comerciários, onde a maioria dos músicos morava, e ao bairro da Tamarineira onde ficava o Hospital da Tamarineira, versão pernambucana do Hospital Pinel, do Rio.
Cerca de um mês e meio depois do lançamento, porém, o disco foi proibido pela Censura Federal da ditadura militar, sendo recolhido das lojas e das rádios, sob a alegação de que a música “Seu Waldir” ia “contra a moral e os bons costumes da sociedade pernambucana”.
Com toda essa trajetória e ainda com muito gás e muitos planos de trabalho, o Ave Sangria retoma seu trabalho na cidade do Recife, em uma noite de muita emoção, com homenagem ao parceiro e guitarrista Paulo Rafael.