CRIME

CASO DANIELLA PEREZ: ex-funcionária da Globo revela clima caótico nos bastidores e acusa emissora de lucrar com o crime: 'o crime não podia sair dos jornais'

Carla Albuquerque trabalhou junto com Daniella Perez na novela De Corpo e Alma

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Lívia Maria

Publicado em 28/07/2022 às 9:11
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A jornalista Carla Albuquerque revelou detalhes dos bastidores da TV Globo na época do assassinato de Daniella Perez. Albuquerque trabalhava na produção da novela De Corpo e Alma, estrelada pela atriz morta por Guilherme de Pádua, que vivia seu par romântico no folhetim .

Na opinião da ex-funcionária da Globo, a emissora deveria ter encerrado a exibição da novela após o crime, mas não foi isso o que aconteceu. Segundo ela, havia interesse da própria Globo em manter a novela no ar e o crime nas manchetes dos jornais para gerar mais audiência.

"A TV Globo podia falar: 'Essa novela encerrou, acabou'. A gente entende que é uma empresa, que tem muitas questões, funcionários, pagar salários e fornecedores, mas uma tragédia aconteceu ali. Ninguém se preocupou com a Gloria, ninguém se preocupou com a família da Gloria, ninguém se preocupou com a equipe", acusou Carla. Para ela, a emissora quis lucrar com o crime.

A jornalista falou sobre o crime em uma live no canal Investigação Criminal, no YouTube. Em seu desabafo, Carla contou também que foi procurada para entrevistas sobre o caso logo após o ocorrido, mas que nunca teve interesse de falar porque tinha medo de Guilherme de Pádua.

"A gente tinha medo, a gente não sabia quem era ele. Eu comecei a ter pânico. Cada hora uma pessoa virava testemunha-chave, era tudo para vender jornal. Eu fiquei muito brava", revelou.

Carla acabou dando uma entrevista sobre o caso, mas ela disse que não sabia onde seria veiculada. No fim das contas, sua entrevista acabou no Fantástico e ela apontada como uma 'testemunha-chave' do caso.

"Foi demais, o crime não podia sair dos jornais, era uma coisa horrorosa. [...] Eu dei a entrevista, só que eu não sabia para onde ia essa entrevista. Eu lembro que a minha mãe me liga e fala que eu estava no Fantástico como testemunha-chave do caso Daniella Perez", disse.

Ainda segundo seu relato, o clima nos bastidores da novela De Corpo e Alma se tornou caótico e muitos que trabalhavam na produção passaram a ter crises de pânico e tomar remédio controlado.

"Muitos de nós tomávamos remédio para ansiedade, tivemos crise de pânico, ficamos muito adulterados. Já tinha o crime que era horrível, tinha a dor daquela mãe e ainda tinha a coisa do jornalismo, da própria TV Globo, que queria lucrar em cima desse crime", concluiu.

Veja a entrevista de Carla Albuquerque na íntegra:

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