Roberto Jefferson (PTB), ex-deputado federal, reagiu ao mandato de prisão com tiros contra os policiais federais.
O ex-parlamentar, de 69 anos, apoiador de Bolsonaro (PL) teve seu nome conectado com muitas polêmicas, como o Mensalão e defesa de pauras de extrema-direita.
QUEM É ROBERTO JEFFERSON?
Roberto Jefferson nasceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em junho de 1953. Antes de ser político, ele começou sua carreira como apresentador de TV.
Em 1971, filiou-se ao MDB e ficou no partido até 1980, quando entrou no PP e, em seguida, no PTB, partido que presidiu entre 2003 e 2005.
Escândalo
Em 1982, Roberto se candidatou como deputado federal e vencer. Ele teve cinco mandatos consecutivos, até ser cassado pela Câmara dos Deputados em 2005, por causa do envolvimento com o Mensalão.
Inclusive, Roberto Jefferson confessou ter ganho R$ 4 milhões ao participar de um dos maiores esquemas brasileiros. O ex-deputado foi condenado em novembro de 2012 a ficar 7 anos e 14 dias preso. Entretanto, ganhou liberdade condicional três anos depois.
APOIADOR DE BOLSONARO
Desde o episódio, Roberto mostrou ser alguém explicitamente a favor de pautas da extrema-direita. Além disso, ficou conhecido como um grande apoiador de Bolsonaro, que concorre a reeleição para presidente neste segundo turno.
Ameaças
Roberto Jefferson, em agosto de 2021, gravou vídeos em que empunhava armas e ameaçou os ministros do STF, o que resultou em mais uma prisão.
O político ficou no Complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro. Porém, a defesa alegou que ele estava com a saúde afetada e, por isso, deveria ir para a prisão domiciliar. A justificativa foi aceita em janeiro de 2022.
Mesmo em prisão domiciliar, seu partido tentou emplacar como candidato à Presidência. Entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral negou o registro e impediu sua disputa até 24 de dezembro de 2023.
Descumprimento de medidas cautelares
A prisão domiciliar tinha uma série de proibições, incluindo o uso das redes sociais. Porém, ele apareceu em um vídeo publicado pela filha, ex-deputada Cristiane Brasil (PTB), ofendendo a ministra Cármen Lúcia, do STF.
Por isso, o mandado de prisão, por descumprimentos das medidas cautelares. Porém, Roberto reagiu com tiros e granadas, atigindo dois policiais, sendo uma mulher.